08/Nov/2019

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) afirmou que o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, previsto no decreto 6.961/2009, e que foi revogado pelo presidente Jair Bolsonaro, teve um papel no passado de proteger a bioma, mas que hoje, com o Renovabio (programa de incentivo aos biocombustíveis), essa proteção estaria garantida, uma vez o programa estabelece política de desmatamento zero. Houve um amplo consenso entre setor produtivo e governo de que o RenovaBio seria política de desmatamento zero. Para ingresso no programa, a grande aposta do setor, é de que nem mesmo o desmatamento permitido em lei será aceito, pois o etanol, e todos os produtos, devem ser sustentáveis do início ao fim.

Para a entidade, essa foi a ideia da revogação do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar. Esse instrumento que teve seu papel no passado, ficou obsoleto diante da modernidade do Código Florestal e do comprometimento absoluto do setor em avançar ainda mais na liderança global da mobilidade sustentável. Segundo a Unica, não existe risco de a revogação do decreto levar a uma maior pressão sobre a Amazônia, pois o setor está em um outro nível de busca de sustentabilidade, que é o Renovabio. O objetivo é o desmatamento zero, mesmo o legal. Além disso, não se planta cana-de-açúcar na Amazônia porque é úmido demais. Sobre qual o sentido, então, de revogar o decreto, a entidade afirmou que é apenas um processo para diminuir burocracia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.