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28/Out/2019

Etanol: isenções a refinarias desagradam nos EUA

Grupos representando fabricantes de biocombustíveis e produtores rurais dos Estados Unidos entraram com uma petição contra a Agência de Proteção Ambiental do país (EPA), questionando as isenções concedidas no ano passado a algumas refinarias de petróleo. Essas concessões desobrigaram as refinarias de cumprir as exigências de mistura de biocombustíveis na gasolina. A aliança é formada, entre outros grupos, pela Associação de Combustíveis Renováveis e a Associação Nacional de Produtores de Milho. Nos EUA, o etanol é feito principalmente com o cereal. A aliança afirma que, com as isenções concedidas no ano passado, cerca de 5,5 bilhões de litros de biocombustíveis deixaram de ser misturados a combustíveis fósseis no país.

A aliança também questiona a forma como a EPA justificou essas isenções: em apenas duas páginas, sem dar detalhes e de forma não transparente. O grupo também diz que não houve uma análise das dificuldades econômicas desproporcionais supostamente enfrentadas pelas refinarias e que justificariam as isenções. O governo do presidente Donald Trump vem tentando adotar medidas para acalmar os produtores rurais, que se queixam da redução de demanda causada pelas isenções. O plano mais recente anunciado pela EPA, porém, desagradou tanto produtores de milho e de etanol quanto o setor de petróleo. A agência está propondo uma mudança na forma como são calculados os percentuais de combustíveis renováveis que refinarias de petróleo devem misturar aos combustíveis fósseis a cada ano. A proposta vai ficar em consulta pública até 29 de novembro. Esse ajuste vai tentar compensar a redução de demanda causada por futuras isenções concedidas a pequenas refinarias.

O Instituto Americano de Petróleo, que representa refinarias, afirmou que não há lógica em obrigar o setor de refino a compensar coletivamente isenções concedidas a pequenas refinarias. O grupo disse também que pretende contestar vigorosamente essa política considerada equivocada. A Associação de Combustíveis Renováveis afirmou que o plano é um retrocesso. No começo de outubro, a EPA anunciou que pretendia garantir que mais de 56,8 bilhões de litros de combustíveis renováveis convencionais como etanol de milho fossem misturados à gasolina a partir de 2020. Para a associação, não está claro se a proposta vai garantir que esse volume seja atingido. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.