03/Out/2019
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o Congresso saberá o que é "melhor" para os produtores brasileiros caso aprecie decreto que susta o aumento da cota do etanol. Na terça-feira (1º/10), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que aguardava um retorno do governo e da ministra sobre o assunto para decidir se colocaria a proposta em votação. Ele considerou que essa decisão tem um peso importante, da política de governo, pois é uma aproximação com os Estados Unidos e seria muito ruim, mas não se pode aceitar que um mercado que tem muita dificuldade de operar, que é a Região Nordeste, seja prejudicado.
O presidente da Câmara já sinalizou que não deve colocar a matéria em votação esta semana porque as negociações sobre o tema ainda estão em andamento. A ministra Tereza Cristina atua nos bastidores junto ao Ministério da Economia para costurar um acordo que contemple os anseios dos parlamentares, que cobram um gesto do governo dos Estados Unidos. Também há uma cobrança de medidas que evitem que Estados da Região Nordeste, como o Maranhão, sejam os mais impactados pela medida. Se os Estados Unidos não derem uma sinalização concreta de contrapartidas ao Brasil, o Congresso acabará revendo novamente a cota de importação de etanol.
A decisão seria vista como uma derrota para o governo brasileiro, que teria que recuar de anúncio feito no início do mês passado. No fim de agosto, o governo Jair Bolsonaro decidiu elevar a cota de importação de etanol isenta da tarifa de 20% de 600 milhões de litros para 750 milhões de litros por um ano. A decisão foi entendida por parte do setor produtivo como uma contrapartida do Brasil para que os Estados Unidos abram mais o mercado para o açúcar nacional. No entanto, não houve até o momento nenhum anúncio oficial sobre esse gesto do governo norte-americano. O líder da Maioria no Congresso é a favor da derrubada do decreto. Para ele, a medida prejudica os produtores brasileiros do combustível. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.