02/Out/2019
Em São Paulo, a última semana de setembro foi marcada por alta de preços, seguindo o movimento verificado no período anterior. O suporte vem da demanda aquecida e do posicionamento firme do vendedor. Além disso, chuvas no Estado em partes da semana passada limitaram o processamento da cana-de-açúcar, o que também influenciou o avanço nos valores do biocombustível. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado está cotado a R$ 1,7471 por litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), alta de 1,46% nos últimos sete dias. Quanto ao etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ está cotado a R$ 1,9180 por litro (sem PIS/Cofins), aumento de 2,43% no mesmo período. Em setembro, a média das semanas cheias do Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado foi de R$ 1,7166 por litro, praticamente estável (-0,51%) frente à de agosto.
Para o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro, também houve queda, de 2,71%, com média de R$ 1,8808 por litro no mês passado, considerando-se somente o mercado spot. Na parcial da safra 2019/2020 (de abril a setembro de 2019), as médias mensais dos Indicadores CEPEA/ESALQ continuam superando às de igual período de 2018, em 2,77% para o etanol hidratado e em 2,53% para o anidro (valores deflacionados pelo IGP-M de setembro/2019). Além disso, as médias atuais são as maiores, em termos reais, desde a safra 2011/2012, quando, vale lembrar, a menor produção manteve em alta os preços dos biocombustíveis. Com as elevações consecutivas do preço no mercado de São Paulo nas últimas semanas, abriu-se a janela para a entrada de etanol de alguns Estados do Centro-Sul.
O destaque foi Mato Grosso, que foi o principal “exportador” de etanol para São Paulo na semana passada. Nas bombas do estado de São Paulo, a relação entre os preços do etanol e da gasolina C está ainda bastante vantajosa para o biocombustível, em 64,3%, com médias de R$ 4,116 por litro para a gasolina C e de R$ 2,648 por litro para o etanol. Tratando-se de médias mensais, a relação de preços entre o etanol hidratado e o da gasolina C nas bombas de São Paulo continua favorável ao biocombustível. Em setembro, a relação ficou em 64,4%, enquanto em setembro de 2018, a média foi de 59,3%. Em setembro, o volume de negócios de etanol hidratado recuou pelo segundo mês consecutivo, em 6,9%. Frente ao mesmo período de 2018, também houve queda, de 30%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.