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18/Set/2019

Etanol: produção à base de milho deverá avançar

Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), o Brasil pode produzir 8 bilhões de litros de etanol à base de milho na temporada 2027/2028, dez vezes mais do que em 2017/2018. Se o Brasil tiver 40 bilhões de litros de etanol em 2027/2028, é realista que 8 bilhões sejam de milho. Nesse caso, seriam usados 20 milhões de toneladas de milho para produzir os 8 bilhões de litros. Já há uma série de investimentos ainda não públicos para produção de etanol de milho, que estariam sendo discutidos e elaborados para anúncio em breve.

Por causa das novas formas de utilização de milho, como produção de etanol, o cereal, que vinha sendo considerado "patinho feio da agricultura brasileira", está ganhando mais entusiasmo do produtor. A produção brasileira de DDG (grãos secos de destilaria de milho), usado na nutrição animal, poderia saltar de 600 mil toneladas em 2018 para 2,6 milhões de toneladas em 2020 e 6 milhões de toneladas em 2028.

Os desafios são: logística e fornecimento de biomassa para gerar vapor. Esse último problema terá de ser resolvido no longo prazo com plantações de eucalipto próximas das indústrias de etanol. Cada usina vai precisar de 5 mil a 7 mil hectares por ano. No total, serão cerca de 100 mil hectares, podendo chegar a 200 mil hectares. O desenvolvimento da cultura, entretanto, levaria tempo, e até lá algodão ou bambu poderiam ser opções.

A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) destacou a oportunidade de se fazerem mais usinas flex (que produzem etanol à base de cana-de-açúcar e de milho) na Região Sudeste do País, sem que a produção fique totalmente concentrada em Mato Grosso. O maior consumo de etanol é na Região Sudeste, então facilitaria o escoamento da produção. O maior centro de consumo de proteína também é na Região Sudeste, então facilitaria a venda do DDG. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.