18/Set/2019

O etanol produzido à base de cana-de-açúcar precisa dar mais retorno ao capital investido e, para isso, é necessário aumentar a inovação no campo. Caso contrário, o etanol à base de milho vai avançar muito mais do que o de cana-de-açúcar, pois sua atual equação de risco/retorno é mais favorável. Nesse cenário de muita incerteza, se predominar o baixo crescimento, o etanol de milho vai avançar mais do que o de cana-de-açúcar porque tem potencial risco/retorno mais favorável e ciclo de investimento mais curto.

Apenas um pequeno grupo do setor sucroenergético terá condições de crescer, se o setor não apresentar aumento maior na geração de caixa operacional. O aumento poderia ser por meio de aumentos nos preços de açúcar, comercialização de CBIOs, melhora na produtividade ou de outras formas. Ao analisar uma amostra de alguns dos principais grupos sucroenergéticos da Região Centro-Sul do Brasil na safra 2018/2019, é possível perceber que 47,5%, que representa cerca de 23,7% da moagem total da região, teria potencial para investimentos em expansão ou em aquisição.

Seriam as usinas que estão menos endividadas e que geram mais caixa. É destaque a incerteza que a maior exposição ao etanol traz para o setor, pois é uma commodity para a qual ainda não se tem instrumentos comprovados para 'hedgear' o risco de preço. A complexidade de gerenciamento de risco é um desafio adicional além da dificuldade do setor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.