03/Set/2019

Em São Paulo, na última semana de agosto, houve melhora no volume total de açúcar cristal negociado no spot. O dólar elevado, que estimula as exportações nacionais, pode ter atraído compradores domésticos para novas aquisições. Do lado das usinas, a grande maioria segurou os valores de suas ofertas, reforçando a alta nos preços. Assim, a média do Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180, em São Paulo) foi de R$ 61,06 por saca de 50 Kg na última semana de agosto, alta de 1,39% em relação à semana anterior (R$ 60,22 por saca de 50 Kg). Em agosto/2019, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 60,07 por saca de 50 Kg, 0,62% acima da média de julho/2019 (R$ 59,70 por saca de 50 Kg).

No acumulado da atual temporada 2019/2020 (de abril/2019 a agosto/2019), os preços médios seguem superiores aos dos mesmos períodos da safra anterior 2018/2019, em termos reais. Na Bolsa de Nova York, as cotações do açúcar demerara estão em queda. No dia 30 de agosto, o contrato Outubro/2019 fechou a 11,14 centavos de dólar por libra-peso, o menor valor desde o final de setembro de 2018. Nos últimos sete dias, a média do contrato Outubro/2019 registra recuo de 1,67%. A pressão veio do dólar valorizado e da confirmação do governo da Índia de subsídio para exportação de seis milhões de toneladas.

Além disso, um novo acordo comercial entre os Estados Unidos e o México, que prevê redução das exportações do último para o primeiro, deverá aumentar a oferta de açúcar na atual temporada mundial. Segundo o Rabobank, os armazéns do México estão abarrotados de açúcar e, até o próximo dia 1º de outubro, o país poderá desovar 500 mil toneladas no mercado mundial. Segundo o Conadesuca, o México exportou 2,1 milhões de toneladas da commodity desde outubro de 2018. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 7,75 por saca de 5 Kg, queda de 0,74% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 1,84 por saca de 1 Kg, alta de 0,88% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.