23/Ago/2019

De acordo com o 2º levantamento da safra de cana-de-açúcar no Brasil, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quarta-feira (22/08), o Brasil deve produzir 622,36 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2019/2020, acréscimo de 0,3% em relação ao ciclo anterior, com colheita total de 620,43 milhões de toneladas. A área colhida está estimada em 8,38 milhões de hectares, queda de 2,4% em relação ao ciclo 2018/2019. Em relação ao açúcar, a produção do País em 2019/2020 deverá alcançar 31,78 milhões de toneladas, avanço de 9,5%. São Paulo, o maior produtor nacional, terá um salto de 10,3% na produção, com 20,06 milhões de toneladas nesta safra.

Em relação ao etanol, a produção total deve ficar em 31,6 bilhões de litros, sendo 30,3 bilhões de litros produzidos a partir da cana-de-açúcar e 1,35 bilhão de litros a partir do milho. Nesta safra, a Conab passou a incluir o etanol de milho, pela relevância que o biocombustível vem ganhando no cenário nacional. O número total de etanol produzido no País em 2019/2020 representa recuo de 4,6% em relação à safra passada. O etanol anidro de cana poderá alcançar 10,5 bilhões de litros, ou seja, 12,6% a mais ante 2018/2019. No caso do hidratado, a tendência é de queda de 14,1%, para 19,8 bilhões de litros. A redução de área de 2,4% no País foi reforçada principalmente por São Paulo. O Estado, maior produtor brasileiro da commodity, deve ter recuo de 212,5 mil hectares, sobretudo em áreas de fornecedores, cujas áreas estão agora sendo ocupadas com soja.

Goiás, segundo maior produtor do País, deverá ter incremento de 3,4% na área, para 948,3 mil hectares. Quanto à produtividade, apesar da estiagem em dezembro e janeiro, as chuvas posteriores favoreceram o desenvolvimento das lavouras. Assim, as projeções indicam uma produtividade maior em 2019/2020, de 74,217 mil quilos por hectare, ante 72,234 mil quilos por hectare em 2018/2019. Em relação ao ATR, a média esperada para esta safra é de 137,2 quilos por tonelada, redução de 0,9% em relação à safra passada. De modo geral, as principais variações percentuais estão no Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, Rio de Janeiro e Pará. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.