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01/Ago/2019

Açúcar: acordo com EUA pode sair ainda este ano

A visita do secretário de Comércio norte-americano ao Brasil nesta semana deve acelerar as conversas sobre um incremento no comércio entre os dois países. Há discussões sobre o aumento, por parte dos norte-americanos, do volume nas aquisições de açúcar e etanol brasileiros. Em troca, o Brasil incrementaria as compras de trigo. A ideia é tentar anunciar o acordo em outubro, durante o Brasil Investment Forum. O objetivo é aprofundar a conversa de forma, primeiro, a garantir que acordos já vigentes sobre o assunto com Estados norte-americanos, mas que não estão sendo aplicados, sejam efetivamente implementados. Além de conversas sobre aumento de volume e cronograma. No dia 30 de julho, em encontro com empresários na Câmara Americana de Comércio (Amcham), o secretário norte-americano de Comércio recebeu uma lista de propostas para melhorar a relação comercial entre os dois países.

Entre elas está um acordo de livre-comércio gradual, inicialmente sem a discussão de tarifas, um entendimento para pôr fim à dupla tributação de lucros, dividendos e royalties e um acordo de investimentos. Os empresários (a Amcham representa cerca de 5 mil empresas) pedem proteção adicional aos fluxos de investimentos entre os dois países. Além disso, querem a participação do Brasil no programa Global Entry, que oferece facilidades para a entrada de executivos nos Estados Unidos. Na lista estão ainda medidas de facilitação de comércio para reduzir burocracias, custos e prazos no comércio bilateral. Há também propostas de cooperação regulatória, sobretudo em relação aos produtos com maior valor agregado; a negociação de regras comuns sobre barreiras não tarifárias; e a conversão do projeto piloto sobre análise acelerada de patentes em acordo permanente.

A Amcham também pede continuidade do apoio americano à admissão do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). E uma agenda bilateral em temas como comércio, investimento, defesa, segurança, energia, agronegócio e infraestrutura. O governo brasileiro, no entanto, vê com ressalvas o pedido da Amcham para que seja tratado primeiro um acordo sobre temas menores, sem mudanças tarifárias, para que o assunto não tenha de passar pelo Mercosul. A equipe técnica do Brasil acredita que, após fechar um acordo com a União Europeia, o bloco está preparado para uma discussão desse porte. E acredita que há um facilitador na recente aproximação entre Donald Trump e Bolsonaro e entre o chefe do Executivo brasileiro e o presidente argentino, Mauricio Macri. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.