ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Jul/2019

Cana: moagem sofre queda na 1ª quinzena/julho

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (24/07) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), as usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil processaram 40,9 milhões toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de julho (até o dia 16) da safra 2019/2020. O volume é 9,5% menos que o total de 45,214 milhões de toneladas moídas em igual período da safra passada. No acumulado da safra, de 1º de abril até 16 de julho, o processamento acumula 258,13 milhões de toneladas, queda de 4% sobre igual período da safra 2018/2019, quando foram processados 268,86 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. As condições climáticas observadas nessa primeira quinzena dificultaram a operacionalização da colheita em muitas regiões, prejudicando o processamento. De todo modo, o rendimento médio das lavouras cresceu 3,61%, para 8,69 toneladas de cana-de-açúcar por hectare para a lavoura colhida em junho de 2019, ante igual mês de 2018.

A produtividade no acumulado é de 84,87 toneladas por hectare, ante 82,11 toneladas de 2018/2019. O incremento na produtividade, porém, foi neutralizado pela redução na quantidade de açúcares por tonelada de cana-de-açúcar processada. Em relação aos efeitos da geada ocorrida na primeira quinzena de julho, levantamento conduzido pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) em parceria com a entidade sinaliza que cerca de 400 mil hectares de cana-de-açúcar foram atingidos no Centro-Sul. Dessa região, estima-se que aproximadamente 65% da área acometida ainda não havia sido colhida. Além disso, as áreas mais afetadas estão em Mato Grosso do Sul e Paraná, assim como no sul de São Paulo. Áreas representativas em Minas Gerais, norte de São Paulo e Goiás também foram prejudicadas. Em algumas unidades produtoras, a geada chegou a afetar quase 50% da área cultivada.

A estimativa é de que a área de cana-de-açúcar adulta impactada pela geada poderá apresentar perda média de até 5 toneladas por hectare na produtividade esperada para essa safra. Com 63,97% da oferta total de cana-de-açúcar destinada ao etanol e apenas 36,03% ao açúcar, a fabricação do biocombustível somou 2,16 bilhões de litros na primeira quinzena de julho, recuo de 9,86% ante igual período da safra passada (2,405 bilhão de litros). Foram produzidos 1,44 bilhão de litros de hidratado, queda de 10,57%, e 724 milhões de litros de anidro, recuo de 8,4%. No acumulado da safra 2019/2020, 12,826 bilhões de litros de etanol foram produzidos, recuo de 5,13% sobre igual período do ciclo passado. Do volume total de etanol fabricado até 16 de julho, 8,869 bilhões de litros foram de hidratado, redução de 6,06%, e 3,957 bilhões de litros de anidro, declínio de 2,96% ante o mesmo período da safra passada.

A produção de açúcar foi de 1,94 milhão de toneladas na primeira quinzena de julho, baixa de 19,08% sobre igual período de 2018, e acumula 10,857 milhões de toneladas na safra, queda de 10,8% ante 2018/2019. O teor de sacarose na cana-de-açúcar, medido na quantidade de Açúcar Total Recuperável por tonelada processada (ATR/t), foi de 138,03 Kg na primeira quinzena de julho, 4,89% inferior ao de igual período da safra passada. No acumulado da safra, o teor de sacarose está em 126,31 Kg de ATR/t, queda de 4,09% sobre 2018/2019. A produção total de etanol de milho alcançou 44,11 milhões de litros na primeira quinzena de julho, avanço de 80,34% ante igual período de 2018/2019. No acumulado do ano, o Centro-Sul produziu 33,867 milhões de litros de etanol de milho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.