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16/Jul/2019

Açúcar: tendência de preços estáveis no disponível

Os preços do açúcar cristal se mantêm na casa dos R$ 60,00 por saca de 50 Kg, apesar de registrarem queda frente à semana anterior. As usinas procuram manter os valores de suas ofertas, estabelecendo um preço mínimo de venda. A liquidez foi um pouco menor, devido ao feriado no estado de São Paulo no dia 9 de julho. A média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, em São Paulo, é de R$ 60,29 por saca de 50 Kg, queda de 0,93% nos últimos sete dias (R$ 60,86 por saca de 50 Kg). Com relação ao andamento da safra 2019/2020, ainda não há estimativas oficiais sobre o impacto das geadas que afetaram algumas áreas de lavouras no estado de São Paulo.

O gelo formado sobre os canaviais pode comprometer o crescimento da planta e o acúmulo de sacarose, que é essencial para produção do açúcar. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), no acumulado desta safra (de abril até junho), as usinas de São Paulo moeram 126,987 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 6,84% menor em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de açúcar no Estado totalizou 6,160 milhões de toneladas no mesmo período, 11,02% menor frente ao produzido na temporada anterior. O mix de produção segue maior para o etanol, sendo 59,01% da cana-de-açúcar moída alocada para o biocombustível.

No mercado internacional, as cotações do açúcar demerara na Bolsa de Nova York se mantêm praticamente estáveis nos últimos sete dias. O contrato com vencimento em outubro/2019 oscilou entre 12,30 e 12,57 centavos de dólar por libra-peso. Fatores como o dólar e as cotações do petróleo sustentaram as cotações na semana passada. Na última projeção para a atual temporada 2018/2019, a Organização Internacional do Açúcar (OIA) estima sobreoferta global de 1,83 milhão de toneladas de açúcar, o que pode impedir o avanço dos preços da commodity no curto prazo. Por outro lado, a expectativa de déficit no próximo ciclo mundial 2019/2020, que começa em outubro deste ano, pode sustentar os valores.

Contudo, o elevado estoque mundial do produto pode impedir qualquer recuperação dos preços. Segundo a Associação de Usinas de Açúcar da Índia (Isma), somente a Índia tem mais de 14 milhões de toneladas de açúcar em seus armazéns. A permanência dos subsídios às exportações de açúcar por parte do governo indiano pode ampliar a oferta no cenário internacional. As usinas pedem ao governo incentivos para exportar de 7 a 8 milhões de toneladas do açúcar. Quanto aos fatores macroeconômicos, o Real teve forte valorização frente ao dólar nos últimos dias, o que diminui a exportação do açúcar pelo Brasil, elevando os preços no cenário global. Por outro lado, o petróleo teve valorização expressiva.

Os futuros do Brent registram alta de 4% nos últimos sete dias, voltando a ser negociados na casa dos US$ 67,00 por barril. O petróleo mais caro eleva os preços da gasolina no mercado interno brasileiro, melhorando a competitividade do etanol e levando as usinas a priorizarem a produção do biocombustível. A média das cotações do contrato nº 11 de açúcar demerara (vencimento Outubro/2019) na ICE Futures registra recuo de 0,49% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 7,42 por saca de 5 Kg, estável nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 1,70 por saca de 1 Kg, alta de 1,79% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.