ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

08/Jul/2019

Etanol: EUA deve elevar a exigência de renováveis

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) propôs os volumes mínimos de combustíveis renováveis que refinarias do país devem misturar a combustíveis fósseis em 2020. O chamado Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) para o ano que vem prevê um aumento de 0,60% no volume total em relação à exigência para 2019. A proposta da agência é de 75,85 bilhões de litros de etanol de milho e outros biocombustíveis, o que representa um aumento de 454,2 milhões de litros em relação à exigência para este ano, de 75,40 bilhões de litros. O volume de combustíveis renováveis convencionais como etanol de milho foi mantido em 56,8 bilhões de litros. Houve aumento do volume para biocombustíveis avançados, como biocombustíveis celulósicos e etanol de cana-de-açúcar, que passou de 18,62 bilhões de litros para 19,08 bilhões de litros. Dentro dos avançados, o volume exigido de biocombustíveis celulósicos passou de 1,59 bilhão de litros para 2,04 bilhões de litros.

A Associação de Combustíveis Renováveis (RFA), que representa o setor de etanol nos Estados Unidos, criticou a proposta da EPA. Nos últimos anos, a EPA vem concedendo isenções a algumas pequenas refinarias de petróleo, permitindo que elas não cumpram as exigências de mistura de biocombustíveis. Porém, na proposta para 2020, não houve realocação dos volumes que deixaram de ser misturados por causa dessas isenções. Segundo a associação, o Congresso deu à EPA as orientações e ferramentas necessárias para fazer cumprir os volumes do RFS, e isso inclui a possível realocação dos volumes para refinarias que não foram desobrigadas da exigência. Em vez disso, a EPA preferiu seguir com sua campanha de destruição da demanda, prejudicando tanto produtores de etanol como produtores de milho que abastecem a indústria.

Nos Estados Unidos, o etanol é feito principalmente com milho e a indústria consome cerca de um terço da safra doméstica do cereal. O RFS foi criado em 2005 com o objetivo de diminuir as emissões de carbono e reduzir a dependência norte-americana do petróleo estrangeiro, num momento em que os preços do combustível fóssil começavam a subir. No entanto, a exigência não tem funcionado como se pretendia, e os níveis de produção de combustíveis renováveis, principalmente etanol, costumam ficar abaixo dos volumes estabelecidos por lei. Pequenas refinarias de petróleo, citando dificuldades econômicas, vêm recorrendo diretamente à EPA para serem desobrigadas da exigência. Segundo a RFA, a EPA provavelmente vai continuar concedendo isenções em 2020, mas não levou isso em consideração em sua proposta. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.