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02/Jul/2019

Açúcar: preços sob pressão baixista no disponível

Em plena safra 2019/2020, os preços do açúcar cristal registraram queda expressiva em junho. O clima seco, que foi predominante no mês no estado de São Paulo, favoreceu a colheita e o processamento da cana. Com isso, as usinas ofertaram elevadas quantidades do cristal no mercado spot, mesmo com a maior produção do etanol. A demanda por parte dos compradores, por sua vez, esteve um pouco mais aquecida, mas não o suficiente para elevar os preços do açúcar. Diante disso, a participação do volume negociado no spot cresceu no mês passado. Em junho/2019, a média do Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180, em São Paulo) foi de R$ 62,55 por saca de 50 Kg, 9,48% inferior à média de maio/2019 (de R$ 69,10 por saca de 50 Kg), mas ainda superior à de junho/2018 (R$ 60,90 por saca de 50 Kg), em termos reais (valores foram deflacionados pelo IGP-DI, base maio/2019).

Destaca-se que, desde abril/2019, início oficial da safra, os preços médios têm se mantido acima dos verificados no ano passado. Nos últimos sete dias, especificamente, a média das cotações registra queda, após ter mostrado certa estabilidade na semana anterior. Maiores volumes foram captados no correr dos dias. A média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 61,69 por saca de 50 Kg, queda de 1,73% nos últimos sete dias (R$ 62,78 por saca de 50 Kg). Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), no acumulado da safra 2019/2020 (de abril até primeira quinzena de junho), a produção de açúcar no estado de São Paulo foi de 4,621 milhões de toneladas, volume 13,53% inferior ao de igual período do ano passado. Do total da cana moída, de 99,563 milhões de toneladas, 40,18% foi direcionada à produção de açúcar e 59,82%, ao etanol. No mercado internacional, as cotações do açúcar demerara na Bolsa de Nova York seguiram pressionadas na semana de expiração do contrato com o vencimento em julho/2019, com a expectativa de grande entrega de açúcar no final da vigência do contrato.

Segundo a Reuters, empresas como a Sucden, Alvean, ED&F Man e Louis Dreyfus receberam um volume recorde de açúcar bruto, identificado como o maior da história. O contrato Julho/2019 está cotado a 12,32 centavos de dólar por libra-peso. Em contrapartida, o clima adverso pode prejudicar as lavouras de cana-de-açúcar na Ásia, em especial na Índia, onde as chuvas de monções atrasaram. Nas regiões produtoras, julho/2019 foi o mês mais seco em cinco anos. A queda na produção do açúcar poderá dar suporte às cotações internacionais. A média das cotações do contrato nº 11 de açúcar demerara (vencimento Julho/2019) na ICE Futures registra queda de 1,51% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 7,56 por saca de 5 Kg, queda de 0,68% nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 1,69 por saca de 1 Kg, baixa de 0,18% no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.