25/Jun/2019

Em São Paulo, a média do Indicador do açúcar cristal CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180), que vinha registrando queda desde a segunda quinzena de maio/2019, apresenta certa estabilidade nos últimos sete dias. Esse cenário se deve à postura de agentes de usinas, que se mantêm firmes nos valores de suas ofertas. Os compradores, por sua vez, estão ativos no mercado e, com isso, bons volumes foram negociados. Somente na sexta-feira (21/06), após o feriado de Corpus Christi, que o Indicador registrou queda mais expressiva, de 1,82%, e a liquidez foi baixa. Assim, a média do Indicador CEPEA/ESALQ é de R$ 62,78 por saca de 50 Kg, alta de 0,49% nos últimos sete dias (R$ 62,47 por saca de 50 Kg).

No mercado internacional, os preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York registram recuo, ainda pressionados por estimativas indicando excedente na produção. Vale lembrar que, no dia 10 de junho, a Organização Internacional do Açúcar (OIA) havia divulgado excedente de 1,83 milhão de toneladas na atual safra mundial (2018/2019). Além disso, de acordo com a Associação de Usinas de Açúcar da Índia (Isma), o país poderá ter uma reserva doméstica de 14,62 milhões de toneladas no início da temporada 2019/2020, que se inicia em outubro/2019. Contudo, a apreciação do Real frente ao dólar e a forte alta do petróleo na semana anterior deram algum suporte aos preços globais do açúcar demerara.

Com o Real mais valorizado, as exportações brasileiras de açúcar se retraíram, diminuindo a oferta global do produto. O petróleo mais valorizado eleva a competitividade do biocombustível frente à gasolina, levando usinas a produzirem mais etanol. O petróleo passou da casa dos US$ 60,00 por barril no dia 18 de junho para a US$ 65,00 por barril no dia 21 de junho. Nos últimos sete dias, a média das cotações do contrato nº 11 de açúcar demerara (vencimento Julho/2019) na ICE Futures registra queda de 1,01%, a 12,22 centavos de dólar por libra-peso. Em São Paulo, no atacado, o Indicador de Cristal Empacotado está cotado a R$ 7,61 por saca de 5 Kg, estável nos últimos sete dias. O açúcar refinado amorfo está cotado a R$ 1,69 por saca de 1 Kg, também estável no mesmo período. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.