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11/Jun/2019

Açúcar: produção global deve recuar em 2018/19

Segundo estimativa trimestral da Organização Internacional do Açúcar (OIA), a produção global de açúcar na safra 2018/2019 deve atingir 178,7 milhões de toneladas, volume 2,5% menor que o registrado na temporada 2017/2018, de 183,2 milhões de toneladas. O consumo deve aumentar 1,6%, alcançando 176,9 milhões de toneladas. Diante dessas estimativas, é projetado um superávit de 1,8 milhão de toneladas no ciclo 2018/2019, 80% menor do que o excedente de 9,1 milhões de toneladas da safra 2017/2018. Apesar de menor na comparação anual, o excedente é maior do que o estimado em fevereiro, de 600 mil toneladas. O menor superávit deve-se ao declínio na produção brasileira e de outros importantes produtores, como União Europeia e Rússia, o que poderá levar a um déficit na safra 2019/2020. Para o Brasil, está estimada queda de produção de 8% entre as safras 2017/2018 e 2018/2019, de 31,8 milhões de toneladas para 29,1 milhões de toneladas.

Esse declínio é parcialmente compensado pelo incremento de 1,9% na produção da Índia, que deve passar de 32,4 milhões de toneladas em 2017/2018 para 33 milhões de toneladas na temporada 2018/2019. Quanto à Tailândia, está previsto resultado recorde, alcançando uma produção de 14,6 milhões de toneladas no ciclo 2018/2019. A temporada 2019/2020 será encerrada com déficit global de 3 milhões de toneladas, enquanto a safra 2020/2021 deve registrar déficit de 6 milhões de toneladas. Em seis dos últimos oito ciclos a oferta global de açúcar superou o consumo. A previsão está em linha com a percepção de mercado de contração nos maiores fornecedores da commodity, em virtude do recuo expressivo no preço pago aos produtores e da rentabilidade das usinas. Contudo, apesar da estimativa de déficit para a próxima safra, as cotações do açúcar tendem a continuar em movimento baixista, já que os estoques permanecem elevados.

Os estoques acumulados ainda precisam ser absorvidos antes que os preços possam retornar a níveis mais remuneradores para os produtores. Os fundamentos no curto prazo são baixistas e, neste contexto, é difícil ser otimista em relação ao futuro dos preços do açúcar no restante do ciclo atual, que vai até setembro. As políticas de biocombustíveis nos principais drivers também deve ser monitorada, com perspectiva de aumento no consumo global e leve recuo na produção. Há ainda muitas incertezas em torno do mix sucroenergético no Centro-Sul do Brasil para 2019/2020. Enquanto a última temporada demonstrou um cenário de menor produção de etanol, o mix desta safra é menos claro. Contudo, é visto um maior compromisso com o etanol na Índia, Tailândia e China. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.