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03/Jun/2019

Etanol: governo dos EUA libera E15 durante verão

O governo norte-americano aprovou o uso da gasolina com uma mistura de 15% de etanol, conhecida como E15, durante todo o ano. Atualmente, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) proíbe a E15 durante o verão, por temores de que a mistura contribua para aumentar a poluição em dias quentes. Normalmente, a gasolina no país contém 10% de etanol. A medida é vista como uma ajuda do governo federal aos produtores rurais que tiveram as vendas externas prejudicadas pelo conflito comercial entre Estados Unidos e China. Anteriormente à aplicação das tarifas retaliatórias, a China era o terceiro maior mercado de exportação de etanol dos Estados Unidos.

No país, o etanol é feito principalmente à base de milho. A produção do biocombustível consome cerca de um terço da safra norte-americana do cereal. A EPA afirmou que a mudança não foi motivada por considerações políticas ou para apaziguar os agricultores que foram prejudicados com as tarifas retaliatórias da China, mas sim para impulsionar as vendas do biocombustível. A liberação das vendas da E15 durante todo o ano é criticada por empresas de petróleo, por temores de que a medida possa resultar em preços mais altos de gasolina, e ambientalistas, pelo receio de que aumente a poluição do ar durante o verão. As companhias de energia afirmam que irão processar a agência governamental, caso a medida seja outorgada, e questionam a autoridade da EPA para determinar a mudança.

Segundo a Growth Energy, grupo de defesa dos produtores de etanol, a decisão da EPA deve expandir as vendas de etanol em cerca de 2% nos próximos cinco anos. Já outro grupo, a ClearView Energy Partners, previu um crescimento muito menor, mas as vendas podem crescer mais nos anos seguintes, uma vez que a comercialização durante todo o ano dará maior segurança aos investidores. Segundo o Renewable Fuels Association, outro grupo de defesa do etanol, a decisão é vista como uma medida para abertura de maiores oportunidades de demanda a longo prazo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.