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25/Abr/2019

Cana: área e produção recuam na safra 2018/2019

A produção brasileira total de etanol atingiu o recorde 33,14 bilhões de litros na safra 2018/2019, o que representa um aumento de 21,7% ou 5,9 bilhões de litros, em relação ao período anterior (27,24 bilhões de litros), segundo o último levantamento da safra de cana-de-açúcar da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O recorde vale também para o volume de etanol hidratado, com 23,58 bilhões de litros, ou seja, 45,2% ou 7,3 bilhões de litros a mais que o ciclo anterior (16,24 bilhões de litros). O novo recorde de produção de etanol do País bate o índice anterior de 30,5 bilhões de litros na safra 2015/2016. No hidratado, o maior valor até então alcançado havia sido de 19,6 bilhões de litros, na safra 2010/2011. Houve redução da produção de anidro, que é utilizado na mistura com a gasolina.

A produção ficou em 9,56 bilhões de litros em 2018/2019, 13,1% a menos que no período antecedente (10,99 bilhões de litros). O aumento na produção de etanol na safra 2018/2019 deveu-se, principalmente, à queda de preços do açúcar no mercado internacional e a um cenário mais favorável para o etanol no mercado interno, em relação à alta do dólar e do petróleo. Esses fatores fizeram com que as unidades de produção aumentassem a destinação de cana-de-açúcar para a produção de etanol nesta safra. A safra da cana-de-açúcar 2018/2019 atingiu 620,4 milhões de toneladas, apresentando redução de 2% em relação à anterior, de 633,26 milhões de toneladas. No caso da produção de açúcar, a safra atingiu 29,04 milhões de toneladas, um decréscimo de 23,3% ou 8,8 milhões de toneladas, se comparado à temporada passada (37,87 milhões de toneladas).

A área colhida ficou em 8,59 milhões de hectares, o que representa uma diminuição de 1,6% se comparada a 2017/2018 (8,73 milhões de hectares). Essa foi a segunda queda consecutiva na área colhida. Nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a redução foi de 1,7% e nas Regiões Norte e Nordeste, a estimativa é de uma área colhida 0,9% menor que na safra passada. Na Região Sudeste, principal produtora do País, com São Paulo e Minas Gerais abrangendo 64% da produção nacional, a produção total foi de 400,3 milhões de toneladas de cana, uma redução de 4,1% em relação à safra 2017/2018, por problemas climáticos e devolução de terras arrendadas.

O clima prejudicou as lavouras, trazendo diminuição nos níveis de produtividade em relação à safra anterior. No Sudeste, o rendimento das lavouras caiu 1,6%, de 76.622 kg/ha para 75.391 kg/ha. Em São Paulo, a queda, em relação à safra anterior, teve relação com o envelhecimento contínuo das lavouras. O atraso no desenvolvimento das plantas também é resultante de uma estiagem ocorrida na safra passada, essa situação foi agravada pela estiagem que ocorreu em abril, tendo como consequências baixo crescimento e a falta de peso das plantas. A divulgação do 1º Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2019/2020 da Conab será no dia 7 de maio, em Brasília (DF). Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.