09/Dec/2025
Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) voltou a destacar os prejuízos do setor com a infraestrutura defasada nos portos brasileiros e os gargalos na logística. Em outubro, os associados tiveram prejuízo de R$ 8,719 milhões com armazenagens adicionais, pré-stacking e detentions devido à impossibilidade de exportação de 2.065 contêineres (681.590 sacas de 60 Kg de café).
O não embarque desse volume impediu que o País recebesse US$ 278,08 milhões, ou R$ 1,497 bilhão, como receita cambial em suas transações comerciais apenas em outubro deste ano, considerando o preço médio Free on Board (FOB) de exportação de US$ 407,99 por saca de 60 Kg (café verde) e a média do dólar de R$ 5,38 no mês retrasado. O anúncio de investimentos no Porto de Santos (SP), principal canal de escoamento do produto, é importante, mas levará pelo menos cinco anos para as obras serem entregues.
O Porto de Santos contratou uma empresa para o aprofundamento do calado para 16 metros, a proposta de terceira via de descida da Rodovia Anchieta e a implementação da segunda alça de acesso ao embarcadouro santista. Em outubro, 52% dos navios, ou 204 de um total de 393 embarcações, tiveram atrasos ou alteração de escalas nos principais portos do Brasil, conforme o Boletim DTZ, elaborado pela startup ElloX Digital em parceria com a entidade.
O Porto de Santos, que respondeu por 79% dos embarques de café de janeiro a outubro deste ano, registrou um índice de 73% de atraso ou alteração de escalas de navios, o que envolveu 148 do total de 203 porta-contêineres. O tempo mais longo de espera no mês retrasado foi de 61 dias no embarcadouro santista. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.