13/Nov/2025
Segundo a StoneX, a produção brasileira de café deve alcançar 70,7 milhões de sacas de 60 Kg na safra 2026/2027, um avanço de 13,5% em relação ao ciclo anterior (2025/2026). O crescimento será puxado pela recuperação do arábica, que deve atingir 47,2 milhões de sacas de 60 Kg (+29,3%), enquanto o robusta (conilon) tende a recuar 8,9%, somando 23,5 milhões de sacas de 60 Kg. Apesar do aumento expressivo, o volume ainda está abaixo do potencial máximo que poderia ser atingido em condições climáticas ideais. A safra 2026/2027 surge em um momento crucial para o mercado global, após uma sequência de quatro anos de déficits que reduziram os estoques mundiais em mais de 22 milhões de sacas de 60 Kg.
A safra 2026/2027 surge como determinante para a recomposição desses estoques, embora o cenário climático continue desafiador e incerto. A melhora projetada para o arábica reflete o efeito da bienalidade positiva e o retorno produtivo de áreas que enfrentaram perdas severas no ciclo anterior. O Sul de Minas (MG), maior polo de produção, deve crescer 21,1%, atingindo 17,2 milhões de sacas de 60 Kg. As Matas de Minas (MG) devem avançar 36,9%, para 8,9 milhões de sacas de 60 Kg, enquanto o Cerrado Mineiro (MG) tende a subir 32,1%, chegando a 7,4 milhões de sacas de 60 Kg. O estado de São Paulo deve registrar uma das maiores recuperações percentuais (+75,6%), somando 7,2 milhões de sacas de 60 Kg, impulsionado pela volta de áreas que estavam em safra zero e por novos plantios.
No Espírito Santo (arábica), o crescimento projetado é de 16,7%, para 3,5 milhões de sacas de 60 Kg, enquanto a Bahia deve manter estabilidade, com 1,3 milhão de sacas de 60 Kg. Após o recorde de 2025/2026, o café robusta (conilon) deve passar por ajuste natural de produção. O Espírito Santo, principal região produtora, deve recuar 15,1%, para 16,3 milhões de sacas de 60 Kg, refletindo o manejo de poda e o desgaste fisiológico das plantas. No sul da Bahia, a queda esperada é de 18,8%, com 2,6 milhões de sacas de 60 Kg. Em contrapartida, Rondônia deve se destacar com avanço de 32%, alcançando 3,3 milhões de sacas de 60 Kg, impulsionada por clima favorável, lavouras renovadas e expansão das áreas cultivadas.
A safra 2025/2026 foi marcada por seca e calor intenso no fim de 2024, que afetaram o florescimento e o desenvolvimento das lavouras de arábica. O resultado foi uma queda de 18,4% nessa variedade, que totalizou 36,5 milhões de sacas de 60 Kg. Por outro lado, o robusta atingiu o maior volume da história, com 25,8 milhões de sacas de 60 Kg, alta de quase 22% sobre o ciclo anterior. Com isso, a produção total do país ficou em 62,3 milhões de sacas de 60 Kg, recuo de 5,4% ante a safra anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.