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05/Nov/2025

Preços do arábica e robusta avançam em outubro

Os valores dos cafés arábica e robusta atravessaram outubro registrando fortes oscilações. Ao longo do mês, agentes do setor estiveram atentos à possível exclusão do café da lista de produtos brasileiros com tarifação extra imposta pelos Estados Unidos, às condições climáticas no Brasil e no Vietnã e ao cenário de oferta ajustada. Diante da volatilidade, a liquidez no mercado spot nacional esteve limitada, com produtores pouco interessados em negociar sua produção. No caso do tarifaço, a aproximação entre os governos brasileiro e norte-americano em outubro aumentou as expectativas de um acordo envolvendo o produto, o que chegou a pressionar pontualmente as cotações externas e internas do café.

Até o momento, contudo, nada foi definido. Entre os produtos brasileiros que ainda estão sobretaxados pelos Estados Unidos, o café é um dos que têm grandes chances de serem retirados da lista. No campo, com a chegada da primavera, chuvas foram registradas no início e no meio de outubro, contexto que favoreceu o desenvolvimento das lavouras de arábica e melhorou as condições das plantações de robusta no Espírito Santo. Assim, os agentes do setor voltaram as suas atenções às floradas que aconteceram nas lavouras de arábica da safra 2026/2027, que, agora, dependem de novos volumes de chuvas para se desenvolver adequadamente e garantir um bom pegamento, fatores essenciais para o início da produção. Em outubro, em Machado (MG), no Sul de Minas (MG), choveu 83,6 milímetros; em Franca (SP), na Mogiana Paulista, 76,6 mm; e, em Marília (SP), 153 mm.

Vale destacar que novembro já começou chuvoso na Região Sudeste, o que é um bom indicativo para a manutenção das condições hídricas nesta fase da temporada. Em relação aos preços, no acumulado de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, avançou R$ 79,09 por saca de 60 Kg (ou 3,7%), fechando a R$ 2.206,59 por saca de 60 Kg no dia 31. Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2025, o mais líquido, se valorizou 4,6% no mês passado, encerrando a 392,05 centavos de dólar por libra-peso. Quanto ao robusta, agentes do Espírito Santo relataram desuniformidade nas lavouras, já que a florada da variedade ocorre um pouco antes da do arábica e, até então, não havia um padrão bem definido no pós-florada e pegamento.

A melhora na pluviosidade, porém, deixou o contexto mais favorável. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado mensal foi de 114,4 milímetros em Linhares e de 192 milímetros em São Mateus, no norte do Estado. No Vietnã, maior produtor mundial de robusta, o clima mais chuvoso também gerou preocupações, tendo em vista que parte da colheita, que se inicia até o fim do ano, pode ser prejudicada. No acumulado de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, avançou R$ 63,45 por saca de 60 Kg (ou 4,6%), encerrando o dia 31 a R$ 1.405,91 por saca de 60 Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.