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28/Oct/2025

Setor brasileiro aguarda isenção de tarifas dos EUA

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) celebrou o diálogo realizado no domingo (26/10) na Malásia entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, para o fortalecimento das relações comerciais entre os países. No entanto, aguarda por resultados concretos para a isenção das tarifas atualmente aplicadas ao setor do café. A isenção contribuirá para o recuo da atual pressão inflacionária ao produto no mercado dos Estados Unidos e para o fortalecimento da sustentabilidade de toda a cadeia produtiva brasileira. Os dois países estão dispostos a avançar nas discussões sobre as tarifas atualmente em vigor, que afetam diretamente a competitividade do café brasileiro nos Estados Unidos. A entidade tem atuado no Brasil e nos Estados Unidos para contribuir com o fortalecimento da relação entre as duas partes para preservar a competitividade dos cafés brasileiros, garantir a competitividade às exportações e a previsibilidade ao mercado global.

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) afirmou que a reunião entre os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil representa uma perspectiva concreta de solução para as tarifas aplicadas ao setor cafeeiro. É uma oportunidade para que as duas economias superem o obstáculo comercial. A eventual retirada das tarifas pode intensificar a parceria entre os dois países e a presença do café especial brasileiro no mercado norte-americano. Os Estados Unidos são o principal mercado importador dos cafés especiais do Brasil, adquirindo aproximadamente 2 milhões de sacas de 60 Kg deste produto, a uma receita superior a US$ 550 milhões ao ano. Foi reforçada a importância do diálogo na tentativa de reverter a taxação apresentada ao produto, de forma que sejam preservados empregos e renda, além de uma parceria construída ao longo de décadas entre os atores das duas nações.

O Conselho Nacional do Café (CNC) reforçou a importância de um acordo "justo ou, ao menos, o mais próximo da realidade" entre o Brasil e os Estados Unidos em relação às tarifas aplicadas sobre o café. A entidade reconhece que o vice-presidente Geraldo Alckmin, que está conduzindo articulações entre os países, não tem medido esforços nem poupado interesse em se reunir com ambos os lados em busca de uma solução que não penalize as partes, preservando as boas relações diplomáticas e comerciais. O tema deve permanecer no centro das discussões diplomáticas. O CNC reforça que a expansão das áreas de cultivo seja feita com cautela, para evitar desequilíbrios entre oferta e demanda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.