17/Oct/2025
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) alertou que os gargalos logísticos e portuários do País deixaram 625 mil sacas de 60 Kg de café para trás em setembro, representando US$ 1 bilhão em receita cambial perdida. O Porto de Santos (SP) atrasou 70% dos embarques no mês. Infraestrutura, logística e clima são os maiores desafios, no grau máximo. Além da política de juros. O Cecafé criou há mais de um ano o relatório Detention Zero, que monitora mensalmente as sacas de café deixadas para trás, os custos adicionais e as receitas cambiais perdidas por porto, terminal e navio. Em 2024, foram 1,8 milhão de sacas de 60 Kg paradas nos portos. A entidade criticou a falta de planejamento integrado da logística nacional.
Após a pandemia, as linhas de navegação compraram navios de 24 mil e 28 mil contêineres, mas o Porto de Santos comporta apenas embarcações de até 12 mil contêineres. Entrou um navio de 14 mil contêineres e não tinha área de manobra. Teve de parar o porto. Também foi criticada a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A agência, responsável pelas concessões portuárias, deveria ter os números sobre gargalos, mas é o Cecafé quem precisa informá-los. O que chama atenção é a Antaq não discutir esses números. A Antaq faz as concessões, e deveria ter os números. A infraestrutura logística deve ser tratada como prioridade orçamentária, ao lado de educação e saúde. O Brasil corre o risco de ficar fora das grandes linhas de navegação internacional se não resolver os problemas estruturais. O País não tem capacidade de olhar a logística como algo integrado e estratégico. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.