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10/Sep/2025

Arábica: fundamentos são altistas para o mercado

O mercado interno de café arábica está oscilando com certa força neste início de setembro. De modo geral, porém, os fundamentos são de alta: oferta enxuta, redução dos estoques certificados de arábica na Bolsa de Nova York, efeitos da tarifação norte-americana e postura firme de produtores que ainda aguardam preços mais elevados para negociar. Com a volatilidade do mercado, agentes seguem focados no campo e à espera da retomada das chuvas e o início da floração. O desenvolvimento da safra 2026/2027 é aguardado com atenção.

Apesar das adversidades provocadas pelo frio nos últimos meses, especialmente no Cerrado Mineiro (MG), as plantas em muitas regiões estão em condições melhores que em anos anteriores, o que pode favorecer a recuperação da produção na próxima temporada. No entanto, o déficit hídrico já preocupa, pois são quase dois meses de escassez ou ausência de chuvas nas principais regiões produtoras. Ainda assim, o panorama é mais favorável que em ciclos anteriores, já que o primeiro semestre de 2025 registrou índices pluviométricos satisfatórios e temperaturas, embora acima da média, mais amenas que no mesmo período da safra passada, por exemplo.

O ponto negativo foi o intervalo sem precipitações entre fevereiro e março, que prejudicou a safra 2025/2026. Por outro lado, boa parte das áreas registrou chuvas até maio e junho. Em julho, também houve registros de pluviosidade em partes da Mogiana Paulista, no Sul de Minas Gerais, em Garça (SP) e no norte do Paraná, ainda que em volumes reduzidos. Olhando para um período um pouco mais à frente, para o desenvolvimento tanto do arábica quanto do robusta, modelos meteorológicos indicam que, entre setembro e outubro, a Região Sudeste do Brasil, onde se concentra a maior parte das lavouras de ambas as variedades de café do País, deve registrar volumes de chuva próximos ao normal para o período.

Esse cenário contrasta com o observado no ano passado, quando os modelos já apontavam precipitações abaixo da média, e isso pode ser um bom indicativo para o início do desenvolvimento da temporada. Além disso, as projeções também indicam temperaturas dentro do padrão normal a partir de outubro, fator que tende a favorecer o desenvolvimento da safra 2026/2027. O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, registra recuo de 1,4% nos últimos sete dias, cotado a R$ 2.300,17 por saca de 60 Kg. Na Bolsa de Nova York, o contrato Dezembro/2025 registra alta de 3,9% nos últimos sete dias, passando para 384,85 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.