05/Sep/2025
De acordo com o 3º Levantamento da Safra de Café 2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (04/09), a safra brasileira de café em 2025 está estimada em 55,20 milhões de sacas de 60 Kg beneficiadas, o que corresponde a um aumento de 1,8% em comparação com o resultado de 2024 (54,22 milhões de sacas de 60 Kg), mesmo este ano sendo caracterizado por um ciclo de baixa bienalidade. Na comparação com a pesquisa anterior, de maio (55,7 milhões de sacas de 60 Kg), houve queda de 0,9%, ou 500 mil sacas de 60 Kg a menos. A produção estimada de café em 2025 é influenciada pela recuperação de 3% na produtividade das lavouras na média nacional, saindo de 28,8 sacas de 60 Kg por hectare em 2024 para 29,7 sacas de 60 Kg por hectare neste ano. É importante lembrar que em 2024, ano de bienalidade positiva, o desempenho das lavouras foi prejudicado devido às adversidades climáticas registradas em diversas regiões produtoras.
A área em produção para o atual ciclo está estimada em 1,86 milhão de hectares, redução de 1,2% ao se comparar com 2024, enquanto a área em formação registra um aumento de 11,9%, podendo alcançar395,8 mil hectares. Com isso, a área total destinada à cafeicultura em 2025, considerando as espécies arábica e conilon tanto em produção como em formação, é de 2,25 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 0,9% em relação ao ano anterior. A produção do café arábica está estimada em 35,15 milhões de sacas de 60 Kg beneficiadas, o que representa uma redução de 11,2% em comparação com a safra anterior (39,60 milhões de sacas de 60 Kg). Essa queda é explicada, principalmente, pelo ciclo de baixa bienalidade associado à redução da área em produção. Minas Gerais, principal Estado produtor de café do País, concentra a maior área com a espécie, totalizando 1,38 milhão de hectares, equivalente a 75,2% da área nacional de arábica.
No Estado, a produção está estimada em 24,7 milhões de sacas de 60 Kg, redução de 10,8% em relação ao volume total produzido na safra anterior. Além da bienalidade negativa, o registro de longo período de seca nos meses que antecederam à floração influencia na queda esperada. No caso do conilon (robusta), a produção está estimada em 20,06 milhões de sacas de 60 Kg beneficiadas, acréscimo de 37,2% em relação à safra anterior (14,62 milhões de sacas de 60 Kg). Esse resultado é atribuído à melhor regularidade climática durante as fases críticas das lavouras, que favoreceu parte das floradas, e à boa formação de frutos por rosetas, em especial no Espírito Santo que representa 69% da produção de conilon no País. No Espírito Santo, espera-se uma colheita de 13,8 milhões de sacas de 60 Kg desta espécie, incremento de 40,3% em relação à safra anterior. Esta alta é justificada pelas boas precipitações verificadas no norte do Estado, que favoreceram as lavouras de conilon.
Outro importante Estado produtor, a Bahia, deve registrar uma melhora de 33,5% na produção total do grão (arábica e conilon), estimada em 4,1 milhões de sacas de 60 Kg em todo o Estado. O crescimento se deve à entrada de novas lavouras em produção, com alta produtividade e manejo irrigado, sobretudo na região do Atlântico, onde predomina a espécie conilon, e no Cerrado baiano. Na espécie conilon, que representa 72% da produção de café na Bahia, observa-se o expressivo crescimento de 51,2%, com o volume de produção previsto em 2,95 milhões de sacas de 60 Kg. A espécie arábica apresenta crescimento de 2,4%, prevista em 1,1 milhão de sacas de 60 Kg. Rondônia também deverá registrar um acréscimo de 10,4% na colheita em comparação à safra passada, com uma produção estimada em 2,3 milhões de sacas de 60 Kg em 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.