17/Jul/2025

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o café arábica manteve sua liderança nas exportações brasileiras no acumulado da safra 2024/2025, encerrada em junho. A variedade representou 76,4% das remessas ao exterior, com o embarque de 34,808 milhões de sacas de 60 Kg, ainda que esse volume seja 1,9% menor em relação à safra anterior. Na segunda posição aparece o café canéfora (conilon + robusta), com 6,572 milhões de sacas de 60 Kg exportadas, o equivalente a 14,4% do total. O desempenho, no entanto, foi 20,3% inferior ao registrado no ciclo 2023/2024.

Os derivados também registraram desempenho relevante. O café solúvel somou 4,152 milhões de sacas de 60 Kg exportadas, com alta de 12,6% sobre o período anterior, representando 9,1% do total. O segmento de produto torrado e moído embarcou 56.862 sacas de 60 Kg, com avanço de 21,3%, embora represente apenas 0,1% do total exportado. Os cafés diferenciados, com certificados de práticas sustentáveis ou atributos de qualidade superior, também ganharam representatividade. No total, 8,907 milhões de sacas de 60 Kg foram exportadas, o que equivale a 19,5% das exportações brasileiras no ciclo 2024/2025, um crescimento de 1,2% frente ao ano anterior.

A receita cambial com esses produtos cresceu expressivos 63,2%, somando US$ 3,292 bilhões. O preço médio ficou em US$ 369,56 por saca de 60 Kg, bem acima da média geral, e os cafés diferenciados representaram 22,4% do total arrecadado com as exportações do grão. Os Estados Unidos lideraram o ranking de compradores de cafés diferenciados, com 1,744 milhão de sacas de 60 Kg (19,6% do total). Em seguida vieram Alemanha (1,477 milhão de sacas de 60 Kg), Bélgica (813 mil sacas de 60 Kg), Holanda (593 mil sacas de 60 Kg) e Itália (510 mil sacas de 60 Kg). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.