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03/Jul/2025

UE parece estar mais aberta ao diálogo sobre EUDR

A Organização Internacional do Café (OIC) afirmou que a União Europeia (UE) tem adotado uma postura de escuta e negociação com os países produtores diante da proximidade do fim do prazo para entrada em vigor da nova legislação antidesmatamento da União Europeia, a EUDR. A norma entra em vigor em 1º de janeiro de 2026. A União Europeia, nesse momento, está realmente aberta ao diálogo. Representantes europeus já estiveram no Brasil e têm visitado também países considerados mais vulneráveis do ponto de vista tecnológico e institucional. Eles querem entender e chegar a um consenso interno sobre como vão tratar essa questão. Embora os principais pontos ligados à rastreabilidade e ao desmatamento estejam mais bem definidos, ainda há grande incerteza em relação à exigência de legalidade da produção.

Essa parte é extremamente complexa. Em muitos países não existem ferramentas automatizadas, leis regulamentadas ou sequer leis compatíveis com o que está sendo pedido. O diálogo em curso na Europa é estratégico e deve evitar rupturas no abastecimento de commodities, como o café e o cacau, que o continente consome, mas praticamente não produz. A expectativa é ter um nível de compreensão sobre as dificuldades desses requisitos e adequar. Os europeus não vão deixar de consumir café por causa disso. No entanto, a transição pode causar distorções temporárias no comércio internacional. Talvez, num primeiro momento, alguns países consigam entregar mais café para a Europa, mas, do jeito que o mercado está curto, atender um lado pode significar deixar outro descoberto.

Isso precisa ser avaliado com muito critério para não haver desequilíbrio. O cenário internacional também tem influenciado a condução europeia. Há relação entre o avanço mais cuidadoso da União Europeia com a guerra comercial promovida por Donald Trump à frente da presidência dos Estados Unidos. A questão da administração norte-americana e essa indefinição de como as tarifas serão implementadas faz com que todos estejam um pouco mais cautelosos. O Brasil tem se preparado, mas ainda enfrenta desafios para se adequar a todas as exigências da EUDR. O País tem ferramentas públicas que ajudam, mas não é um processo simples. O Brasil foi ágil, mas não está totalmente pronto, ainda há questões em aberto, como em muitos outros países. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.