03/Jul/2025
Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), a proliferação de produtos que imitam café, mas que não cumprem os critérios mínimos da categoria, acendeu um alerta. A OIC pretende ampliar os debates sobre a regulamentação e a transparência desses itens. A preocupação com os chamados “cafés fakes” vai além do Brasil e tem sido observada em outros países produtores, como o Vietnã. Algumas das marcas fake que apareceram no Brasil, apareceram no Vietnã também. A melhor forma de enfrentar o problema é oferecer mais clareza nas informações para os consumidores.
É preciso combater isso buscando a transparência. Explicar para o consumidor, claramente, o que ele está comprando, o que ele está bebendo. Quais são as características daquele produto, quais são os benefícios que ele pode ter e que ele não pode ter. O Acordo Internacional do Café já estabelece que, para ser chamado de café, o produto deve conter no mínimo 95% de café comprovadamente. O restante pode incluir aditivos, regra que, historicamente, tem conexão com o consumo de bebidas prontas na Ásia, como cafés com leite.
No entanto, a OIC pretende reabrir esse debate. A preocupação atual também se estende a novas tendências de consumo. Esse debate está sendo estimulado não só pelo café fake, mas também por essas questões de infusões, das fermentações. É precisa saber o que estão misturando nesse café e se isso continua sendo café ou já deixou de ser. São questões a serem respondidas. A OIC elogiou a atuação brasileira diante do avanço desses itens no mercado. A ação brasileira foi muito boa.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) atuou muito firmemente junto com o governo brasileiro para banir alguns que comprovadamente não eram café. É legítimo que os consumidores escolham o que querem beber, mas que tenham plena consciência da composição do produto. Cada um tem direito a tomar o que bem entende, mas que saiba, que tenha consciência dos efeitos. Os governos precisam ser extremamente criteriosos em todo o processo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.