26/Jun/2025

Segundo o Rabobank, os preços internacionais do café devem seguir voláteis no curto prazo. Os estoques continuam baixos, o inverno brasileiro está apenas começando, e as incertezas geopolíticas e tarifárias (norte-americanas) permanecem. A entrada da nova safra brasileira traz certo alívio ao mercado, mas o clima continuará como um fator decisivo nos próximos meses. Qualquer ameaça à próxima safra de café, especialmente no Brasil, pode reverter essa tendência de alívio.

Mesmo com o início do inverno no Brasil, que eleva o risco de geadas, a redução nas exportações brasileiras e as tensões geopolíticas que impactam o trânsito de café pelo Mar Vermelho, os preços seguem em queda, especialmente em junho. Apesar da queda de 6% na produção brasileira em 2025/2026, estimada pelo Rabobank em 62,8 milhões de sacas de 60 Kg, a expectativa de alívio na oferta global futura, diante de uma demanda incerta, vem contribuindo para a pressão baixista. Enquanto isso, outros países produtores mostram sinais de recuperação: entre janeiro e abril, Colômbia, Honduras, Uganda e Indonésia aumentaram suas exportações em 16%, 49%, 7% e 138%, respectivamente.

O Vietnã, apesar de uma queda anual de 1%, teve alta de 86% nas exportações em maio, indicando recuperação. A demanda também preocupa por causa da recente alta de preço, que pode afastar consumidores. No varejo brasileiro, os preços do café subiram cerca de 50% nos últimos 12 meses, atingindo R$ 65,50 por Kg em abril de 2025. Diante desse cenário, não se descartam novos aumentos no curto prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.