17/Apr/2025

Segundo o Itaú BBA, os efeitos das tarifas norte-americanas sobre o agronegócio internacional devem atingir o Brasil de forma desigual entre os produtos. O café robusta brasileiro se torna mais competitivo frente aos asiáticos no mercado dos Estados Unidos. A guerra tarifária aberta pelos Estados Unidos no início de abril pode favorecer as exportações brasileiras de café, especialmente do tipo robusta, por causa da taxação mais severa imposta a países concorrentes. O café robusta brasileiro ficaria mais competitivo frente aos concorrentes asiáticos no mercado norte-americano e seguiria nas mesmas condições tarifárias com outros países produtores de arábica.

O Vietnã, principal exportador global de robusta, foi tarifado em 46%. Indonésia e Índia, também relevantes na variedade, receberam tarifas de 32% e 26%, respectivamente. Já Brasil, Colômbia e Honduras ficaram com tarifa de 10%. Em 2024, os Estados Unidos importaram 24,6 milhões de sacas de 60 Kg de café verde, sendo 31% com origem no Brasil. No segmento de arábica, não seria trivial substituir os grãos brasileiros pelas grandes quantidades adquiridas, com a oferta global restrita. No entanto, o consumo global da bebida pode desacelerar. Caso retraia 2% num cenário de maior impacto econômico global, o superávit esperado de 3 milhões de sacas de 60 Kg entre produção e consumo passaria a 8 milhões de sacas de sacas de 60 Kg, deixando o balanço mais folgado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.