02/Apr/2025

Segundo relatório trimestral do Rabobank, divulgado nesta segunda-feira (31/03), os preços internacionais do café devem continuar voláteis no curto prazo por causa dos baixos estoques de café no Brasil (já refletidos nas exportações), lentidão na comercialização no Vietnã e tensões geopolíticas (além do Mar Vermelho, existem incertezas quanto às questões tarifárias norte-americanas). O mercado deve sentir certo alívio com a entrada da safra 2025/2026 brasileira, que deve iniciar a colheita do conilon no mês de abril.

No início do ano, havia esperança de normalização da situação no Mar Vermelho, com o cessar-fogo anunciado pelos Houthis. No entanto, a recente turbulência no Oriente Médio, envolvendo Israel, Estados Unidos e os Houthis, parece afastar essa normalização, mantendo os longos tempos de envio, trânsito e necessidade de altos estoques de café. Isso influenciou especialmente os preços do robusta. Do lado da oferta, apesar da expectativa de melhora na Colômbia e Vietnã, que podem aumentar suas exportações nos próximos meses, o foco continua no Brasil.

O Rabobank realizou o Crop Tour 2025 e em breve divulgará a estimativa da safra 2025/2026 brasileira de café. Resultados preliminares indicam uma redução significativa na safra de café arábica, abaixo das expectativas e da safra 2024/2025. Por outro lado, apesar das altas temperaturas e condições adversas em Rondônia, a produção de café canéfora deve aumentar em relação a 2024/2025. Como referência, o Rabobank estima a última safra 2024/2025 em 67,1 milhões de sacas de 60 Kg, sendo 44,1 milhões de sacas de 60 Kg de arábica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.