ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

26/Feb/2025

Preços do arábica e do robusta estão pressionados

Depois de registrar fortes altas nas primeiras semanas de fevereiro e acumular avanço de 10,3% até o dia 13 deste mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, vem registrando quedas desde então, limitando o avanço mensal para 1,5%. O Indicador está cotado a R$ 2.545,30 por saca de 60 Kg, recuo de 5,7% nos últimos sete dias. A pressão vem da desvalorização externa, movimento que, por sua vez, está atrelado a realizações de lucros e a ajustes técnicos, após as fortes elevações registradas na Bolsa de Nova York nas primeiras semanas deste mês. Destaca-se que as desvalorizações acontecem mesmo em meio à oferta pequena no Brasil (da safra 2024/2025) e às ondas de calor em importantes regiões cafeeiras, que podem prejudicar o desenvolvimento final das lavouras da nova temporada 2025/2026. No Espírito Santo, os produtores estão apreensivos.

No dia 20 de fevereiro, o contrato Maio/2025 negociado na Bolsa de Nova York, o mais líquido atualmente, voltou a operar abaixo de 400,00 centavos de dólar por libra-peso, voltando aos patamares do começo de fevereiro. Na segunda-feira (24/02), o contrato Maio/2025 fechou a 384,80 centavos de dólar por libra-peso, avanço de 3,6% no acumulado do mês, mas forte queda de 5% (ou de 2.045 pontos) na semana. De modo geral, o mercado está muito especulativo, e, diante disso, a volatilidade nos mercados externo e, consequentemente, interno, é grande. Além disso, a proximidade da colheita também já influencia o mercado. Os primeiros talhões de robusta normalmente começam a ser colhidos em abril. No campo, grãos que já estavam em um ótimo estágio de desenvolvimento já aparecem “queimados” em decorrência das altas temperaturas. A possibilidade é de retorno das chuvas em maiores volumes em março, o que, por sua vez, pode atenuar as altas temperaturas nas regiões produtoras. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de 1° a 24 de fevereiro choveu apenas 10,8 mm na região de Linhares (ES), expressiva redução de 94,47% em relação a janeiro (195,4 mm).

Segundo a Climatempo, até esta sexta-feira (28/02), o volume de chuva na região deve ficar abaixo de 10 mm. Nas lavouras de arábica, os termômetros também preocupam, mas o índice de pluviosidade vem sendo um pouco maior que no Espírito Santo, o que deixa as lavouras em melhores condições. Em fevereiro, choveu na estação de Varginha, no Sul de Minas Gerais, 76 milímetros, praticamente tudo na primeira semana do mês, de acordo com dados do Inmet. Na estação de Franca, na Mogiana Paulista (SP), choveu 80,6 mm em fevereiro, e quase todo o volume também se concentrou nos primeiros dias do mês. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, está cotado a R$ 2.043,83 por saca de 60 Kg, baixa de 1,03% nos últimos sete dias. O tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo, registra desvalorização de 1,32% no mesmo comparativo, a R$ 1.994,34 por saca de 60 Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.