29/Jan/2025
O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, tem média de R$ 2.301,60 por saca de 60 Kg na parcial de janeiro, a mais alta da série histórica do Cepea para esta variedade, iniciada em setembro de 1997 (valores deflacionados pelo IGP-DI de dezembro/2024). Frente a dezembro/2024, a média deste mês avançou 6,8% (ou +R$ 146,72 por saca de 60 Kg). Mesmo com os preços elevados, o ritmo de negócios está lento, já que os produtores têm poucos lotes de café disponíveis e muitos já apresentam caixa mais equilibrado diante das cotações recordes. Os preços do arábica seguem refletindo a oferta restrita no Brasil e no mundo e o alto percentual de café já comercializado pelos produtores nacionais. Muito produto foi negociado quando os valores do arábica superaram os R$ 1.500,00 por saca de 60 Kg e, atualmente, de 70% a 80% da temporada 2024/2025 já foi vendida na maioria das regiões.
Em termos de perspectivas para a produção 2025/2026 do Brasil, a safra segue em pleno desenvolvimento, com a maioria das lavouras em fase de enchimento de grãos. Apesar de as chuvas terem sido favoráveis nas últimas semanas, o forte calor nos últimos dias tem preocupado cafeicultores em algumas regiões, como no Sul de Minas Gerais. Como as plantas já sofreram muito com as altas temperaturas em 2024, de modo geral, períodos com menor índice de chuvas podem atrapalhar o desenvolvimento da safra. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 2.397,58 por saca de 60 Kg, avanço de 3,85% nos últimos sete dias. No front externo, o contrato Março/2025 do café arábica negociado na Bolsa de Nova York está cotado a 349,20, centavos de dólar por libra-peso, forte elevação de 6,5% frente ao da terça anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.