28/Jan/2025

Segundo o Itaú BBA, a safra de café no Brasil em 2025/2026 deve somar 64,4 milhões de sacas de 60 Kg, queda de 3% ante o total de 66,4 milhões de sacas de 60 Kg colhidas em 2024/2025. Para o arábica, a expectativa é de redução de 10% na comparação anual, para 40,9 milhões de sacas de 60 Kg. A safra de robusta deve ser 12% maior, de 23,5 milhões de sacas de 60 Kg. Caso a previsão se confirme, a safra brasileira de café não atingirá seu potencial pelo quinto ano consecutivo. Desta vez, a quebra está associada ao longo período de seca de 2024 que comprometeu de maneira importante o pegamento das floradas das lavouras de arábica. Nos últimos anos, o clima tem desafiado frequentemente as lavouras brasileiras com geadas, chuvas de granizo, ondas de calor extremo e, principalmente, longos períodos de seca.

Com uma safra menor, o potencial de exportação em 2025/2026 será reduzido em cerca de 6%, dada a ausência de níveis relevantes de estoques de passagem em 2024/2025. Isso ainda dependerá das exportações dos próximos cinco meses. Dado o fluxo forte de embarques no segundo semestre do ano passado, os envios mensais devem desacelerar nos próximos meses. Nas áreas de conilon do Espírito Santo e da Bahia, como o período de seca foi um pouco menor, com alguns episódios de chuva em agosto, o pegamento das floradas ocorreu sem problemas. Vale dizer que, em todas as regiões brasileiras de arábica e conilon, as chuvas dos últimos dois meses de 2024 e em janeiro de 2025 foram bastante satisfatórias, ajudando muito no desenvolvimento vegetativo das lavouras, o que é positivo para a safra do ano que vem. Para 2024/2025, foi revisada para baixo sua estimativa de safra, de 69,9 milhões de sacas de 60 Kg para 66,4 milhões de sacas de 60 Kg.

A produção de arábica deve ter aumentado 1,1% ante 2023/2024, para 45,4 milhões de sacas de 60 Kg. A afra de robusta deve ter diminuído 1,9%, para 21 milhões de sacas de 60 Kg. Considerando a projeção para o Brasil em 2025/2026 e mantidas constantes as produções dos demais países produtores, o balanço global deverá registrar pequeno déficit de 400 mil sacas, ante superávit de 6,8 milhões de sacas de 60 Kg em 2024/2025. A relação estoque/consumo deve cair de 17% para 13%. O cenário para o café é de preços firmes, que podem subir ainda mais. Os próximos quatro meses, principalmente, isto é, antes da entrada dos primeiros lotes da safra 2025/2026, devem ser difíceis de originar café, com os produtores retraídos e baixa disponibilidade de lotes remanescentes da safra 2024/2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.