22/Jan/2025
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2024 de café no Brasil deve se encerrar em 54,2 milhões de sacas de 60 Kg, volume 1,6% menor do que o total produzido em 2023. Em comparação com 2022, que foi o último ano de alta de bienalidade para a cultura, houve crescimento de 3,3 milhões de sacas de 60 Kg em 2024, ou 6,48% a mais. A área plantada com cafezais no País em 2024 somou 2,23 milhões de hectares, com 1,88 milhão de hectares em produção e 353.600 hectares em formação. A produtividade média das lavouras em 2024 ficou em 28,8 sacas por hectare, ou 1,9% menos em relação a 2023. A queda na produtividade e, consequentemente, na produção total, ocorreu por causa do clima adverso nos cafezais de quatro anos para cá, com geadas, estiagem e altas temperaturas.
O clima adverso registrado no ano passado e no fim de 2023 trouxe impacto para importantes regiões produtoras de café, influenciando negativamente a produtividade média das lavouras. Minas Gerais, o maior Estado produtor de café, com 52% da safra, colheu em 2024 um total de 28,1 milhões de sacas de 60 Kg, ou 3,1% menos ante 2023. Em relação às espécies de café, a produção do arábica, medida em sacas beneficiadas, foi 1,8% maior, com 39,6 milhões de sacas de 60 Kg. O conilon registrou queda de 5,9% na produtividade média, para 39,2 sacas de 60 Kg por hectare, com safra de 14,6 milhões de sacas de 60 Kg. Apenas no Espírito Santo, a produção atingiu 9,8 milhões de sacas de 60 Kg, redução de 3,1% em relação ao volume obtido em 2023.
Quanto às exportações, o País registrou recorde de 50,5 milhões de sacas de 60 Kg em 2024, alta de 28,8% ante 2023. A receita com embarques externos somou US$ 12,3 bilhões em 2024, alta de 52,6% e um recorde. Entre os motivos que contribuíram para o crescimento nas exportações de café do País em 2024 estão a valorização do produto no mercado internacional e do dólar ante o Real. O cenário de oferta e demanda global ajustadas influenciou a alta dos preços no ano passado, mesmo com a recuperação da produção em alguns países. Outro fator altista para os preços foi a ocorrência de novas adversidades climáticas em importantes países produtores, que limita a recuperação da oferta futura. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.