15/Jan/2025
As chuvas ocorridas em praticamente todas as regiões produtoras brasileiras de café continuam sendo, no geral, favoráveis à condução das lavouras e dos tratos culturais, incluindo adubações e aplicações de defensivos agrícolas. Por outro lado, precipitações em excesso, como é o caso da Zona da Mata de Minas Gerais, podem atrapalhar as atividades de manejo e, até mesmo, prejudicar as condições do solo, visto que a produção nesta localidade acontece em áreas montanhosas. Ainda é cedo, porém, para avaliar as possíveis consequências negativas. As tão aguardadas precipitações, que quase não ocorreram de abril a setembro, voltaram a ser registradas em outubro e vêm se intensificando sobretudo no verão do Brasil.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre 1º e 13 de janeiro, as principais regiões produtoras acumulam volume satisfatório de chuvas para o período, entre 70 e 100 milímetros. Em Franca (SP), já choveu 86,2 milímetros, em Patos de Minas, no Cerrado Mineiro (MG), 72,6 milímetros e na estação de Machado no Sul de Minas (MG), 73,4 milímetros em igual intervalo. Em Juiz de Fora (MG), nas Matas de Minas (MG), o acumulado de 2025 é de 148,8 milímetros. Ressalta-se que algumas áreas, como o norte do Paraná e a região de Garça em São Paulo, registram pouca pluviosidade nesse começo de 2025.
Na estação de Maringá, no norte do Paraná, o acumulado limita-se a 14 milímetros na parcial de janeiro. Desde a véspera do Natal, ocorrem chuvas pontuais com volumes próximos a 10 milímetros. Na estação de Marília (SP), são 31 milímetros, também pouco para o período. Um verão chuvoso se faz necessário para uma boa colheita de café em 2025, visto que dificilmente as plantas recuperarão o potencial perdido com o clima em 2024. Enquanto isso, os atuais patamares de preços do grão vêm favorecendo o poder de compra do produtor, contribuindo para a utilização de melhores tecnologias nas propriedades e podendo amenizar essas perdas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.