10/Dec/2024

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Brasil exportou 4,662 milhões de sacas de 60 Kg de café em novembro, volume 5,4% acima do verificado em igual mês de 2023. O faturamento com os embarques no mês passado foi de US$ 1,343 bilhão, ou 62,7% mais na mesma base comparativa. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, as exportações brasileiras de café bateram recorde, tanto em volume quanto em receita. Foram exportadas, até o 11º mês de 2024, 46,399 milhões de sacas de 60 Kg, ou 3,78% acima do recorde anterior, de 2020, quando, em 12 meses, o País havia embarcado ao exterior 44,707 milhões de sacas de 60 Kg. Em comparação com igual intervalo de 2023, o avanço foi de 32,2%. Em receita, também houve recorde até novembro, com US$ 11,302 bilhões, alta de 22,3% ante todo o ano de 2022, quando o Brasil havia faturado US$ 9,244 bilhões.

Em comparação com janeiro a novembro do ano passado, o crescimento foi de 56%. Foram divulgados também os números referentes ao ano-safra 2024/2025. Assim, nos cinco primeiros meses do ano safra 2024/2025, as remessas cafeeiras do Brasil ao exterior saltaram para 22,017 milhões de sacas de 60 Kg e renderam US$ 5,955 bilhões, apresentando saltos de 16,5% e 61,4%, respectivamente, frente ao desempenho registrado entre julho e o fim de novembro de 2023. Em relação aos principais países importadores de café brasileiro, os Estados Unidos lideram o ranking, com 7,419 milhões de sacas de 60 Kg de janeiro a novembro, ou 16% de todas as exportações e avanço de 35% ante janeiro a novembro de 2023.

Em seguida, vem Alemanha, com 15,6% da parcela total e 7,228 milhões de sacas de 60 Kg, ou 63,4% mais ante janeiro a novembro de 2023. Quando se analisam as exportações de café verde realizadas pelo Brasil a outros países produtores, o México lidera o ranking com a aquisição de 1,116 milhão de sacas de 60 Kg do produto, o que representa um aumento de 177,3% frente ao comprado de janeiro a novembro de 2023. O Vietnã, segundo maior produtor global, aparece na sequência, ampliando suas importações dos cafés verdes brasileiros para 638.733 sacas, com substancial elevação de 389,4% sobre o volume adquirido nos 11 primeiros meses do ano passado. Destaca-se, ainda, o desempenho para a Índia, que ampliou em expressivos 1.412,3% suas compras dos cafés in natura do Brasil, para 248.619 sacas de 60 Kg.

Em relação aos tipos de café, o arábica contou com 33,973 milhões de sacas de 60 Kg exportadas entre janeiro e novembro, ou 73,2% do total e 23,2% mais em relação a igual intervalo do ano passado. A espécie canéfora (conilon e robusta) vem na sequência e apresenta o maior avanço percentual nos embarques deste ano, ao registrar crescimento de 107,4% na comparação com 2023. Foi remetido o recorde de 8,692 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior, o que gerou uma representatividade de 18,7% para essa espécie nas exportações totais. O segmento do café solúvel, com 3,690 milhões de sacas de 60 Kg, teve avanço de 12,1% e 8% do total. O produto torrado e torrado e moído, com 43.627 sacas de 60 Kg (-6,4% e 0,1% de representatividade), completam a lista. Apesar de números grandiosos, o Cecafé criticou os inúmeros atrasos e alterações que ocorreram nas escalas de navios para exportação, bem como as frequentes rolagens de cargas.

Isso fez com que o Brasil acumulasse 1,717 milhão de sacas de 60 Kg, ou 5.203 contêineres de produto não embarcado até outubro. O não embarque desse volume, considerando preço médio da saca de 60 Kg e do dólar no período, aponta que o Brasil deixou de receber US$ 489,72 milhões, ou R$ 2,754 bilhões, como receita cambial. Por causa dos entraves logísticos nos portos brasileiros, os associados acumularam um "prejuízo portuário" de R$ 7 milhões em outubro, que envolvem gastos extras com armazenagem adicional, detentions, pré-stacking e antecipação de gates. No acumulado de 2024, esses valores já chegam a inacreditáveis R$ 30,4 milhões e indicam que, mais do que obsoleta, a infraestrutura logística nacional precisa de atenção para que nosso país possa exercer sua excelência no agronegócio. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.