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27/Nov/2024

Arábica: preço no maior patamar desde janeiro/1998

O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está em alta consecutiva há 11 dias úteis, e, na segunda-feira (25/11), fechou a R$ 1.989,64 por saca de 60 Kg, o maior valor real da série histórica desde 21 de janeiro de 1998, em termos reais (valores corrigidos pelo IGP-DI de outubro/2024). Nos últimos sete dias, a elevação no preço do arábica é de 10,2% e, na parcial deste mês, de expressivos 30,44%.

A oferta de café no spot nacional está bastante limitada, o que tem impulsionado os valores do grão. No entanto, mesmo diante das sucessivas altas, as negociações envolvendo o arábica seguem lentas, tendo em vista que produtores estão afastados, acreditando em novas valorizações, e uma outra parcela prefere não negociar nesta proximidade do fim do ano, por questões fiscais. Dados divulgados neste mês pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam a safra 2024/2025 brasileira de café em 66,4 milhões de sacas de 60 Kg, abaixo do estimado em junho (69,9 milhões de sacas de 60 Kg).

O clima adverso nas regiões produtoras de arábica do Brasil foi o principal motivo para a redução na estimativa. Quanto ao desenvolvimento da safra 2025/2026, a situação é ainda incerta. A estiagem prolongada debilitou as plantas, que estão com dificuldade para “segurar” os chumbinhos, o que gera dúvidas sobre a quantidade e a qualidade da próxima produção. Esse cenário também deixa vendedores cautelosos quanto ao fechamento de contratos com entregas futuras. Por outro lado, a demanda pelo arábica deve seguir firme.

Segundo USDA, o consumo per capita na safra 2024/2025 é apontado em 5,12 Kg de café torrado, aumento de 7% frente ao ciclo anterior, mesmo levando-se em conta a forte valorização do grão ao longo de 2024 e a inflação nacional. No front externo, o contrato Março/2025 do café arábica negociado na Bolsa de Nova York, está cotado a 304,80 centavos de dólar por libra-peso, forte aumento de 8% nos últimos sete dias. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.