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26/Nov/2024

Prejuízos com os gargalos logísticos nos portos

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informou que os exportadores brasileiros seguem enfrentando gargalos logísticos devido à falta de infraestrutura adequada para cargas conteinerizadas nos portos do Brasil. Em 2024, os múltiplos atrasos e alterações constantes de escala de navios para exportação, além de frequentes rolagens de cargas, fizeram com que o País acumulasse 1,717 milhão de sacas de 60 Kg (5.203 contêineres) não embarcadas até outubro. Com um preço médio FOB de exportação de US$ 285,21 por saca de 60 Kg (café verde) e a média do dólar em R$ 5,62 em outubro, o não embarque dessas sacas de café implica que o País deixou de receber, nos 10 primeiros meses de 2024, US$ 489,72 milhões, ou R$ 2,754 bilhões, como receita cambial.

O cálculo da entidade é de que os exportadores de café acumulam um "prejuízo portuário" de R$ 6,986 milhões no acumulado deste ano, que envolvem gastos extras com armazenagem adicional, detentions, pré-stacking e antecipação de gates. A infraestrutura portuária brasileira vem apresentando esgotamentos e é urgente que sejam adotadas medidas para melhorar as condições, com foco em eficiência e competitividade, aos exportadores. É premente a necessidade da ampliação da capacidade de pátio e berço, bem como o aprofundamento de calado para que seja possível o recebimento de maiores embarcações. Também há necessidade de se investir em rodovias, ferrovias e hidrovias para estimular a diversificação de modais.

Isso possibilitará um giro mais dinâmico da carga nos portos, de maneira que todo esse conjunto de iniciativas permita o melhor escoamento das safras brasileiras, principalmente as conteinerizadas. Segundo o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela startup ElloX Digital em parceria com o Cecafé, 69% dos navios, ou 218 de um total de 317 porta-contêineres, tiveram atrasos ou alteração de escalas para exportar café, nos principais portos do Brasil, em outubro deste ano. O prazo mais longo de espera no mês passado foi de 58 dias, registrado no Porto de Santos (SP). Além disso, 23 navios sequer tiveram abertura de gate, o que contribuiu para o não embarque das 1,7 milhão de sacas de 60 Kg (5.203 contêineres) e o milionário prejuízo aos exportadores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.