12/Nov/2024
Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Brasil exportou 4,926 milhões de sacas de 60 Kg de café em outubro, 11,6% mais que em outubro de 2023. O resultado é recorde para um único mês, sendo que o maior volume exportado havia sido em novembro de 2020, com 4,770 milhões de sacas de 60 Kg. A receita avançou 62,6%, para US$ 1,393 bilhão, com preço médio de US$ 282,80 por saca de 60 Kg. Esses valores também são recorde. Com o desempenho de outubro, o Brasil elevou para 17,075 milhões de sacas o volume de café exportado no acumulado dos quatro primeiros meses do ano safra 2024/25, com receita de US$ 4,529 bilhões. Na comparação com julho a outubro de 2023, há crescimento de 17,9% em volume e de 58,1% em receita cambial. No acumulado do ano (janeiro a outubro), o Brasil exportou volume recorde de 41,456 milhões de sacas de 60 Kg, incremento de 35,1% em relação ao embarcado em igual período do ano passado.
A receita cambial de US$ 9,875 bilhões também é recorde, com alta de 53,8% na mesma base de comparação. Os resultados foram alcançados mesmo com os gargalos logísticos que impossibilitaram o embarque de 2,1 milhões de sacas de 60 Kg até o fim de setembro neste ano. Esse resultado de outubro foi, sem dúvida, muito bom para o comércio exportador de café do Brasil, pois demonstra o engajamento das empresas e de suas equipes de logística para consolidar seus embarques, buscando alternativas, como as exportações de cinco navios de break bulk, para honrar os compromissos com os clientes internacionais. O aumento na demanda por contêineres para a exportação de café, açúcar e algodão, somado à falta de infraestrutura portuária adequada para atender a produtos em contêineres, tem elevado os índices de atrasos dos navios e rolagens de cargas.
O Cecafé mantém conversas com os demais segmentos do agronegócio brasileiro para que, juntos, possam reivindicar a ampliação dos investimentos em infraestrutura e ter maior celeridade nos processos junto às autoridades públicas, caso contrário os exportadores seguirão bancando, literalmente, o recorde exportado. A Alemanha ultrapassou os Estados Unidos e se colocou como o principal destino dos cafés do Brasil no acumulado de janeiro a outubro de 2024. O país importou 6,64 milhões de sacas de 60 Kg, 23,9% de todas as exportações do produto brasileiro e crescimento de 77% na comparação com os dez primeiros meses do ano passado. Os Estados Unidos, com 23,4% de representatividade, adquiriram 6,522 milhões de sacas de 60 Kg (+30,9%) e ocupam o segundo lugar no ranking.
Na sequência, vêm Bélgica, com a importação de 3,618 milhões de sacas de 60 Kg (+116,2%); Itália, com 3,330 milhões de sacas de 60 Kg (+34%); e Japão, com 1,840 milhão de sacas de 60 Kg (-1,6%). O México lidera as exportações de café verde realizadas pelo Brasil a outros países produtores, com 871.766 sacas de 60 Kg do produto in natura, aumento de 155,3% frente a igual período de 2023. O Vietnã, segundo maior produtor do mundo, aparece na sequência, com 607.233 sacas de 60 Kg, elevação de 432,8% sobre o volume adquirido nos dez primeiros meses do ano anterior. Considerando os tipos de café, o arábica, com a remessa de 30,201 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior entre janeiro e outubro, lidera os embarques. O volume é o maior da história para esse período de dez meses, equivale a 72,9% do total e representa alta de 24,3% em relação a igual intervalo no ano passado.
A espécie canéfora (conilon + robusta) vem na sequência e registra crescimento de 140% frente a 2023, com o envio recorde de 7,894 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior. A representatividade da espécie é de 19% das exportações gerais. O segmento do café solúvel, com 3,322 milhões de sacas de 60 Kg, avanço de 8,8% e 8% do total, e o produto torrado e torrado e moído, com 38.303 sacas de 60 Kg (-9,6% e 0,1% de representatividade), completam a lista. Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis representaram 17,9% das exportações totais brasileiras do produto entre janeiro e outubro de 2024, com a remessa de 7,402 milhões de sacas de 60 Kg ao exterior. Esse volume é 42,8% maior do que o registrado de janeiro a outubro do ano passado. O preço médio do produto foi de US$ 262,79 por saca de 60 Kg, com receita cambial de US$ 1,945 bilhão. O valor é 60,9% superior ao registrado em igual intervalo de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.