06/Nov/2024
O mês de outubro foi marcado pela volta das chuvas no cinturão cafeeiro brasileiro, cenário que proporcionou alívio significativo aos produtores e estimulou as floradas nas principais regiões produtoras de arábica. A continuidade das precipitações em novembro é fundamental para garantir o pegamento e a formação dos chumbinhos e evitar o comprometimento da próxima safra 2025/2026. Vale lembrar que o alto índice de desfolhamento das lavouras, em especial nas lavouras de sequeiro, pode ser um fator limitante nesta fase crucial do desenvolvimento da temporada.
Nas regiões produtoras de café arábica, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que, em outubro, as precipitações totalizaram expressivos 243,6 mm na região de Franca (SP). Em Varginha, no Sul de Minas Gerais, o volume total foi de 195 mm no mesmo período. Em Garça (SP), mais especificamente nos municípios próximos à divisa de São Paulo com o Paraná, as chuvas somaram apenas 63 mm em outubro, sendo a região com o menor volume. Essa quantidade está bastante aquém do necessário para recuperar o déficit hídrico e para que possibilite um bom desenvolvimento da produção.
Quanto ao robusta, o desenvolvimento da próxima safra já está um pouco mais adiantado, e as chuvas têm colaborado com o pegamento das últimas floradas e com o desenvolvimento dos chumbinhos. Na estação de São Mateus (ES), as chuvas de outubro totalizaram 271 mm. Contudo, se o calor não tivesse sido tão intenso em 2024 e o inverno, tão seco, as lavouras poderiam estar em melhores condições para a safra 2025/2026. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.