10/Jul/2024

Mesmo com a colheita de café avançando no Brasil, as cotações do arábica e do robusta seguem em elevação. O cenário de oferta global apertada, em especial de robusta, e o ainda baixo volume de grão da safra nova brasileira sendo disponibilizado no spot nacional, vale lembrar que produtores destinam os primeiros lotes ao cumprimento de contratos, dão suporte aos valores internos. Quanto aos negócios, seguem lentos no spot. Além de os vendedores focarem as entregas de lotes a termo, os atuais avanços nos valores proporcionaram um fluxo de caixa mais “folgado” ao produtor. Assim, os produtores comercializam apenas quando necessário.

Na o dia 4 de julho, especificamente, a comercialização esteve especialmente lenta, tendo em vista que a Bolsa de Nova York não operou, por conta do feriado nos Estados Unidos. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.402,49 por saca de 60 Kg, alta de 3% nos últimos sete dias. Na Bolsa de Nova York, o contrato Setembro/2024 do arábica está cotado a 234,40 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 4,25% nos últimos sete dias. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, registra alta de 3,21% nos últimos sete dias, a R$ 1.257,54 por saca de 60 Kg, novo recorde real para a variedade (valores deflacionados pelo IGP-DI - junho/2024).

A demanda externa por café brasileiro segue intensa, sobretudo no caso do robusta. Além da menor produção em importantes países produtores, conflitos no Mar Vermelho seguem prejudicando o escoamento do grão asiático para o mercado global. Com isso, conforme dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em 11 meses da safra 2023/2024, o Brasil já exportou 7,41 milhões sacas de 60 Kg de café robusta, já superando em 71% a até então safra recorde de embarques, verificada na temporada 2020/2021. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.