13/Jun/2024
A StoneX, conhecida no agronegócio por serviços de consultoria e estruturações financeiras, estreou, no início deste ano, na comercialização de café por meio da CDI, trading com sede na Suíça que a companhia comprou em 2022. A empresa projeta que as negociações de café que ela intermediar poderão movimentar US$ 100 milhões em 2025. A atividade com café ampliará a atuação da CDI, que já opera no comércio de algodão e que fatura atualmente US$ 500 milhões. No mundo, a Stonex faturou US$ 2,9 bilhões no ano passado, ou 38% mais que em 2022. A entrada da companhia no mercado físico de café foi um negócio de ocasião, como ocorreu em sua entrada no trading de algodão. A diferença é que, desta vez, não houve desembolso.
Com o algodão, a empresa começou porque um cliente queria se desfazer do seu negócio. Desta vez, foi usado o mesmo backoffice e contratados traders de café para ampliar as operações. Mas, a StoneX não descarta aquisições. Assim que a CDI entrou no negócio do café, apareceram várias empresas de porte menor querendo ser vendidas. Isso leva a crer que esse mercado é muito fragmentado, mas que em algum momento no futuro terá uma consolidação. A empresa vê mais vantagem em operar com café do que com grãos, por exemplo. Sendo um player que vai negociar soja, por exemplo, mercado em que os volumes geralmente são brutais e as margens, muito pequenas, é preciso ter toda uma estrutura por trás, como silos.
No café, já não há essa preocupação, além de ter uma questão logística muito menos complicada do que a da soja. A CDI já fechou um contrato de serviço com a trading Ithaka, que irá originar o produto na África. A StoneX também pretende comprar café do Brasil e da América Central para atender a Europa. A empresa reforçou a equipe na Suíça, com traders que sabem ‘circular’ bem entre os compradores europeus, pois grande parte da torrefação do mundo está concentrada na Europa. A ideia é mostrar ao cliente um leque completo de diversas origens de café para que ele possa adquirir o pacote mais completo. No Brasil, que deve responder por 70% da originação de café da CDI, a empresa conta com escritório nas cidades de Varginha (MG) e Patrocínio (MG) e uma unidade em Linhares (ES). Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.