24/May/2024
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) trabalha com três eixos principais em sua estratégia de conquistar mais mercados externos para o grão nacional, tanto da variedade arábica quanto robusta. O primeiro deles é ampliar o fornecimento de café para grandes países produtores, como Vietnã, Colômbia e Indonésia. No ano passado, por exemplo, o Brasil exportou 1,2 milhão de sacas de 60 Kg para a Colômbia, que é o terceiro maior produtor mundial. Apesar de grandes produtores de café, esses três países estão observando um crescimento no consumo interno da bebida, sem que as safras internas consigam suprir essa expansão. São mercados que não aumentaram sua produção. Esse cenário é excelente oportunidade para o Brasil aumentar exportações para outros mercados além dos convencionais. A produção brasileira é suficiente.
Outra vertente para que o País ganhe mercados é aprimorar a qualidade e a sustentabilidade do grão, para seguir atendendo a mercados tradicionais, porém cada vez mais exigentes, como Estados Unidos e União Europeia. O bloco europeu é o principal consumidor da bebida, tanto de cafés da variedade arábica quanto robusta. O Brasil vem abastecendo essas regiões, mesmo com as exigências todas. Especificamente sobre a União Europeia e a lei antidesmatamento, programada para entrar em vigor no bloco em 1º de janeiro de 2025, a nova regulamentação aumentará ainda mais as oportunidades para o café brasileiro. Tanto para o arábica quanto para o robusta, do qual a Europa é grande consumidora.
A oportunidade surge porque, ao mesmo tempo que a regulação cria dificuldades para outros produtores de café (que não se prepararam ambientalmente para cumprir as exigências europeias), garante oportunidades para o Brasil, que se preparou para atender a essa demanda. Desta forma, o Brasil pode se firmar como grande fornecedor de café robusta para União Europeia também. A terceira opção para ampliar mercados é a ação tanto na Ásia quanto nos países árabes. O consumo de café nessas regiões está crescendo e o Brasil tem atendido. Há um grande potencial de expansão para a China e os países árabes. Somente a China, no ano passado, adquiriu 1,5 milhão de sacas de 60 Kg de café brasileiro. A partir do momento em que o Brasil conta com tecnologia, pesquisa, qualidade, volume e preço, tem condições de atender a qualquer aumento de demanda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.