24/May/2024
Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a "explosão" das exportações de café conilon neste ano no Brasil não representa risco de desabastecimento interno. Essa variedade é utilizada principalmente para a fabricação de café solúvel, embora venha compondo blends com arábica também. O setor, no País, já passou por outras crises internas, como a estiagem de 2017, que afetou severamente a produção de conilon. Mesmo assim, a indústria foi abastecida. A exportação da variedade canéfora (robusta e conilon) somou 2,559 milhões de sacas de 60 Kg embarcadas entre janeiro e abril deste ano, avanço de 548% ante igual período do ano passado.
O País está preparado para atender tanto à demanda interna quanto externa. A demanda reforçada pelo café robusta ocorreu porque o Vietnã, principal produtor, enfrenta seca e redução da produção, o que levou o mercado a recorrer ao produto brasileiro. Além disso, o Brasil tem preço competitivo e oferta, já que a safra foi boa. Se o mercado externo refluir para o Brasil quando o Vietnã retomar a produção, o mercado interno dará conta de absorver a safra. O Brasil é o segundo maior consumidor global de café. Assim, as vendas ocorrem respeitando-se as leis de oferta e demanda, normalmente. Se o preço externo está mais atrativo, e há demanda, o setor exporta mais, e vice-versa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.