15/May/2024

Depois de subirem com muita força em abril e de despencarem nos primeiros dias de maio, os preços internos e externos dos cafés arábica e robusta, agora, registram alguns reajustes, em busca de uma direção. Ainda assim, no acumulado da parcial deste mês, o balanço ainda é de queda para ambas as variedades. Para o arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, chegou a recuar quase R$ 155,00 por saca de 60 Kg entre o início de maio e o dia 7, mas, nos dias seguintes, recuperou parte das perdas. O Indicador está cotado a R$ 1.115,76 por saca de 60 Kg, com queda de R$ 132,00 por saca de 60 Kg na parcial do mês, ou de 10,6%. Nos últimos sete dias, especificamente, o Indicador apresenta avanço de 1,6%.

Na Bolsa de Nova York, os valores dos contratos futuros também passam por correções técnicas, após as fortes quedas de maio. Informações relacionadas à oferta e a condições iniciais da safra no Vietnã e da colheita no Brasil têm pautado o mercado e devem seguir influenciando as movimentações externas. No geral, com a colheita ganhando ritmo no Brasil, o setor deve direcionar a atenção cada vez mais para o andamento da safra. Por enquanto, a colheita de arábica ainda está no início. Na maioria das regiões, o volume colhido é de, no máximo, 10% do total produzido. As regiões mais adiantadas são: Paulista (Graça), Zona da Mata de Minas Gerais e Noroeste do Paraná, com colheita entre 5% e 10%.

No Sul de Minas (MG) e na Alta Mogiana (SP), agentes apontam que a colheita ainda não ultrapassa 5% da produção esperada na maioria dos municípios. No Cerrado Mineiro (MG), a atividade ainda não começou de forma efetiva. De certa forma, em praticamente todas as localidades, os produtores têm relatado baixo rendimento nesta fase inicial da temporada, com menor qualidade para os cafés mais novos, que estão verdes e miúdos, com pouca peneira 17 acima. Nos últimos sete dias, as negociações estão bem escassas. As fortes quedas das cotações no início de maio afastaram os agentes dos negócios. Mesmo com o mercado mostrando alguma reação, os produtores têm se concentrado no início da colheita no Brasil. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.