08/May/2024

Depois de subirem R$ 200,00 por saca de 60 Kg (o equivalente a 20%) ao longo de abril, os preços dos cafés arábica e robusta iniciaram maio em expressiva queda. Em apenas três dias úteis deste mês, as desvalorizações já chegam a 12% para o arábica (ou R$ 149,45 por saca de 60 Kg) e a 15,8% para o robusta (ou R$ 179,06 por saca de 60 Kg), ou seja, mais da metade dos ganhos de abril foram perdidos. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 1.098,39 por saca de 60 Kg. O Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar do Espírito Santo, voltou a fechar abaixo de R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg desde sexta-feira (03/05), e está cotado agora a R$ 955,61 por saca de 60 Kg.

Na Bolsa de Nova York, o contrato Julho/2024 do arábica registra recuo de 2.145 pontos nos últimos sete dias, o equivalente a 10%. As intensas quedas se devem a correções técnicas, após as fortes altas registradas em abril, quando preocupações com a oferta global, sobretudo do café robusta, alavancavam as cotações de ambas as variedades. Nesta última semana, houve melhora do quadro climático no Vietnã e chuvas são esperadas para os próximos dias no país, o que deve aliviar a situação das lavouras. Vale lembrar que o país asiático tem enfrentado clima adverso, com altas temperaturas e chuva pouco frequente e mal distribuída, o que vem atrapalhando o desenvolvimento inicial da safra de robusta. Além disso, até a sexta-feira (03/05), os estoques certificados nas Bolsas de Nova York (arábica) e de Londres (robusta) também haviam se recuperado.

Quanto ao andamento da colheita da safra 2024/2025 de arábica, alguns volumes de café novo sendo retirados em regiões do Sul de Minas (MG) e de Garça (SP). Por enquanto, o ritmo das atividades ainda é moderado, devendo ganhar ritmo apenas na segunda quinzena de maio. Relatos de produtores indicam que aproximadamente 5% do café já foi colhido em ambas as regiões. Sem registrar problemas relacionados a condições climáticas e com a boa maturação, os produtores estão otimistas com o início efetivo da safra. A expectativa para os próximos dias é que o clima permaneça quente e seco na maior parte das regiões produtoras brasileiras de arábica. Tal quadro pode favorecer a maturação dos grãos e ajudar na colheita dos talhões que já estão prontos. Com isso, novos lotes podem surgir gradativamente no mercado no decorrer das semanas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.