24/Apr/2024
Depois de operarem perto da estabilidade ao longo do primeiro trimestre de 2024, os preços do café arábica dispararam em abril no mercado brasileiro. O impulso aos preços da variedade vem sobretudo da forte valorização do robusta. Neste caso, as cotações estão em movimento de alta desde o último trimestre do ano passado, influenciados por preocupações relacionadas à oferta global de café. Agentes nacionais e internacionais se atentam à produção de robusta da Ásia, principalmente do Vietnã, que tem passado por problemas climáticos (como seca), que devem impactar negativamente na safra do país.
Na parcial de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica do tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, acumula forte avanço de 24%. No dia 17 de abril, inclusive, o Indicador do arábica atingiu o maior valor real (IGP-DI) desde fevereiro de 2022, ao fechar a R$ 1.342,17 por saca de 60 Kg. A cotação atual é de R$ 1.275,58 por saca de 60 Kg. Esse cenário tem favorecido a realização de negócios envolvendo a variedade, já que os atuais patamares são considerados mais satisfatórios pelos produtores. Também há fechamento de contratos envolvendo a temporada 2024/2025 e alguns para a safra 2025/2026.
Na Bolsa de Nova York, os futuros do arábica estão em alta. O contrato Julho/2024 do arábica está cotado a 227,65 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,35% nos últimos sete dias. Em relação à colheita do arábica, as previsões eram de que os produtores começassem a colher apenas entre o final de maio e o início de junho. Porém, em algumas localidades, como Sul de Minas (MG) e Mogiana (SP), os trabalhos já começaram, em decorrência das altas temperaturas desde o início de março, que aceleraram a maturação dos grãos. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.