28/Feb/2024

Os preços do café seguem registrando fortes oscilações nos mercados externo e interno. No Brasil, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, iniciou fevereiro acima dos R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg e flutuou ao longo do mês nesse patamar. Mas, no encerramento da última semana, o Indicador passou novamente a operar abaixo dos R$ 1.000,00 por saca de 60 Kg, o que não era verificado desde 25 de janeiro deste ano. Esse movimento está afastando os agentes do spot nacional, sobretudo os produtores. Neste caso, mesmo nos dias em que os valores operam em alta, o volume de negócios tem sido limitado. Além de considerar os atuais patamares de preços baixos, uma elevada parcela dos cafeicultores indica estar capitalizada e, portanto, sem necessidade de negociar neste momento.

Bons volumes de cafés da safra 2023/2024 também estão estocados, com vendedores pretendendo comercializar lotes apenas se tiver necessidade de “fazer caixa” para compromissos de curto prazo. Contudo, o mercado pode ganhar ritmo nos próximos meses com a chegada da colheita da safra 2024/2025. Por enquanto, as expectativas quanto à produção são boas: espera-se que o atual ciclo cresça frente à colheita de 2023/2024, mas um clima favorável para o início das atividades no campo é fundamental para que a safra seja realmente positiva. No geral, a chuva que está atingindo as regiões produtoras está sendo satisfatória, mas a ocorrência de ventanias e chuvas muito fortes em algumas localidades pode ser prejudicial às lavouras. Segundo a Climatempo, o tempo segue instável nos próximos dias, com muita nebulosidade e precipitações intensas em Rondônia.

No Paraná, em São Paulo, em Minas Gerais e no Espírito Santo, pancadas de chuvas (de moderadas a fortes) e com raios podem ser verificadas. Expectativas e especulações quanto ao volume esperado para a safra brasileira de 2024/2025, oscilações cambiais e clima são os fatores responsáveis pela brusca oscilação que têm ocorrido na Bolsa de Nova York e que acabam sendo repassadas ao mercado doméstico. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está cotado a R$ 992,25 por saca de 60 Kg, queda de 2,3% nos últimos sete dias. Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, à vista, a retirar no Espírito Santo, está cotado a R$ 836,00 por saca de 60 Kg, baixa de 1,3% nos últimos sete dias. O robusta do tipo 7/8, bica corrida, à vista, a retirar no Espírito Santo, tem média de R$ 825,75 por saca de 60 Kg, redução de 1,2% em igual comparativo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.