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07/Feb/2024

Robusta: preço em alta com cautela sobre a oferta

As cotações do café robusta subiram significativamente em janeiro, impulsionadas por fatores internacionais e domésticos. No dia 31 e janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, fechou a R$ 854,71 por saca de 60 Kg, o maior valor real (deflacionado pelo índice IGP-DI) desde 7 de outubro de 2021. A média do primeiro mês deste ano, de R$ 802,67 por saca de 60 Kg, superou em 8% ou quase R$ 60,00 por saca de 60 Kg a média de dezembro. O avanço está atrelado à boa demanda externa pelo robusta brasileiro.

Os ataques a navios comerciais pelo grupo houthis no Mar Vermelho vêm prejudicando a entrada de café do Vietnã na Europa. Dessa maneira, os grãos vietnamitas que ainda estão chegando ao destino precisam traçar sua rota pelo Cabo da Boa Esperança, o que encarece os custos dos lotes, além de atrasar as entregas. Sendo assim, o café brasileiro tem sido bastante requisitado. Além dos aspectos externos, há relatos de casos de uma nova espécie de cochonilha nas fazendas do Espírito Santo. A praga está debilitando os cafezais e pode causar prejuízos na temporada 2024/2025.

Assim, apesar dos preços elevados do robusta, os produtores estão receosos em comercializar seus lotes por não terem dimensão dos danos nas lavouras e do quanto esse problema vai impactar o volume da safra. Por conta desse impasse de preocupação com a oferta versus demanda, é possível que o preço do robusta tenha novos aumentos, o que pode, mesmo que parcialmente, impulsionar as cotações do arábica, ainda que expectativas produtivas desta variedade não sejam tão pessimistas até o momento. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.