19/Jan/2024

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o aumento estimado de 5,5% na produção brasileira de café em 2024, para 58,08 milhões de sacas de 60 Kg, deve-se ao maior índice de vigor apresentado pelas plantas neste ano de bienalidade positiva. A safra de 2023, apesar de ser de bienalidade negativa, apresentou produção maior que 2022 por causa de efeitos climáticos de 2021 que afetaram a produção no ano seguinte. Nesta safra 2024, as plantas que sofreram algum tipo de manejo em 2021 voltaram à produção, o que tende a aumentar a safra, sobretudo no arábica. O clima foi favorável para a primeira florada da safra deste ano.

Contudo, a partir de setembro do ano passado, as chuvas irregulares prolongaram a segunda florada das lavouras, levando a frutos de uma mesma planta a apresentarem estágios diferentes de desenvolvimento. Em outubro e novembro, o clima foi mais adverso para o desenvolvimento da cultura, com chuvas esparsas e irregulares. A anomalia de temperaturas, acima da média nas principais regiões produtoras de café, causou danos e até menor carga de frutos. Para o café, em virtude do ciclo fisiológico da planta, diferentemente de grãos, as influências climáticas foram sentidas, mas a produção continua maior. A área total destinada à cafeicultura no País em 2024, nas espécies arábica e conilon (robusta), é projeta pela Conab em 2,25 milhões de hectares.

No café arábica, há aumento de área de 2,7% em relação à safra passada porque em anos de bienalidade positiva, a produção tende a aumentar para aproveitar a melhor condição fisiológica da planta de maior produção. A exceção do Cerrado Mineiro (MG) que teve alta carga produtiva em 2023, as demais regiões de Minas Gerais, que representa 73% da área de arábica em produção, indicam aumento de produtividade. Se confirmado, a safra de café conilon (robusta), será a segunda maior produção da série histórica, com 17,33 milhões de sacas de 60 Kg previstas. A área em produção de conilon vinha diminuindo e só agora apresentou condições favoráveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.